Estreantes em forma – Testes F3

23 09 2022

Com o fim da temporada de Fórmula 3 a ter sido realizado em Monza, é agora tempo de as equipas se começarem a preparar para escolher os seus pilotos novos. Como vários deles são provenientes de categorias logo a seguir aos karts, estas escolhas geralmente vêem o grid mudar a cara quase por completo, com promoções de equipas inferiores para as de topo e com novidades na quase totalidade das estruturas.

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Dia 1

Se era esperado que alguns dos pilotos que já tivessem completado uma temporada de F3 estivessem a liderar no primeiro dia, ninguém informou Gabriele Minì. A competir na Fórmula Regional, o italiano pegou num Hitech e liderou a sessão com 2 décimas de segundo sobre o americano Kaylen Frederick (que trocou a Hitech pela ART para este teste).

Algumas mudanças importantes de equipa ocorreram (pelo menos para os testes) com Zak O’Sullivan a chegar 4º com a Prema (depois de ter estado na Carlin), Reece Ushijima em 5º com a Hitech (anteriormente na Van Amersfoort), Jonny Edgar em 9º com a MP (depois de estar na Trident) e Franco Colapinto em 16º com a MP (anterior Van Amersfoort).

Pep Martí manteve-se com a Campos e ficou em 3º, enquanto que o rookie sensação do final do ano passado (Sebastián Montoya) aliou-se à Hitech para chegar dentro do Top 10. Frederick e Minì provocaram bandeiras vermelhas na manhã, enquanto que de tarde as honras couberam a Roberto Faria, Emerson Fittipaldi Jr e Alessandro Famularo.

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Resultado: 1. Minì (1m30s500) \ 2. Frederick (1m30s736) \ 3. Martí (1m30s957) \ 4. O’Sullivan (1m31s147) \ 5. Ushijima (1m31s182)

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Dia 2

Repetindo a situação do dia anterior, o comando da tabela de tempos foi assumido por um piloto estreante. Desta vez a honra coube a Gabriel Bortoleto a testar pela Trident, e também com alguma margem sobre os adversários (apesar de ter provocado uma bandeira vermelha quando saiu em frente na Curva 10).

Acompanhando-o no Top 5 chegaram, tal como no primeiro dia, Martí, Frederick e O’Sullivan. Martí destacou-se por alguma margem dos seus colegas da Campos, enquanto que Frederick parece querer confirmar o seu favoritismo na ART (depois de um ano em que andou longe daquilo que seria de esperar) e O’Sullivan confirmou a boa forma que dele se esperava com melhor equipamento.

Taylor Barnard arrastou o seu Jenzer até ao 10º posto mas também provocou mais de metade das bandeiras vermelhas do dia. Não por acaso, foi o piloto que menos voltas fez (38). Com mais voltas chegou Nicola Marinangeli (97). A Charouz, de Marinangeli, mudou 2 dos 3 lugares para manter a sua tradição da temporada 2022 de estar sempre a trocar pilotos (sendo acompanhada nas mudanças neste teste pela Carlin e Van Amersfoort).

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Resultado: 1. Bortoleto (1m29s554) \ 2. Martí (1m29s927) \ 3. O’Sullivan (1m30s025) \ 4. Frederick (1m30s040) \ 5. Goethe (1m30s046)

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Dia 3

Se é verdade que a manhã do terceiro dia até foi condicionada por constantes treinos de paragens nas boxes, a tarde compensou ao não ter uma única interrupção de bandeira vermelha. Tempo mais do que suficiente para Colapinto terminar na frente da tabela de tempos, seguido de bem perto por Goethe. Os outros suspeitos do costume (Bortoleto, Minì e Martí) acompanharam-nos no Top 5.

Barnard voltou a mostrar muito melhor ritmo que os colegas da Jenzer, ainda que mais uma vez com poucas voltas (a Jenzer acabou os três dias com um número consideravelmente mais pequeno de voltas que as rivais), e a Prema voltou a mostrar grande consistência no ritmo dos seus três carros.

O resultado final destas sessões é que a Trident e a MP terminaram como as mais rápidas estruturas (com a segunda a também ser a que mais voltas completou), seguidas de uma Campos bem dependente do ritmo de Martí e de uma Hitech em que Minì promete. No geral, as 6 primeiras equipas são as mesmas, com a Carlin e a Charouz com sérios problemas de ritmo.

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Resultado: 1. Colapinto (1m29s617) \ 2. Goethe (1m29s660) \ 3. Bortoleto (1m29s690) \ 4. Minì (1m29s930) \ 5. Martí (1m30s103)

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Progresso Total

#EquipaTempoVoltas
1Trident1m29s554Bortoleto586
2MP1m29s617Colapinto732
3Campos1m29s927Martí639
4Hitech1m29s930Minì619
5Prema1m30s025O’Sullivan690
6ART1m30s040Frederick678
7Jenzer1m30s164Barnard496
8Van Amersfoort1m30s417Villagómez701
9Carlin1m30s647Granfors648
10Charouz1m30s946Famularo678
Jerez \ 21-23 Setembro 2022





Brasileiros na frente – Testes F2/F3

16 04 2022

Depois da F3 ter tido o seu teste em terras espanholas na semana passada, foi agora a vez de ambas as categorias de promoção da F1 terem uns dias noutro circuito espanhol (Barcelona). Os três primeiros dias ficaram por conta da Fórmula 2, enquanto que a Fórmula 3 tomou conta dos dois dias finais.

Para já não existem mais testes previstos este ano para ambas, mas isso deve mudar com alguns dias na segunda metade do ano a serem anunciados.

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Dia 1

Com temperaturas baixas e umas pingas de chuva, o primeiro dia de testes para a Fórmula 2 foi perturbado por diversas paragens em pista de uma variedade de pilotos. De manhã foram Calan Williams (pião), Liam Lawson (paragem em pista) e Cem Bölükbaşı (contra uma barreira); de tarde foram Jüri Vips (ao de leve contra uma barreira) e Logan Sargeant (paragem em pista).

Bölükbaşı foi o piloto com menos voltas completadas (21) e terminou em último, enquanto que o líder do dia (Ralph Boschung) terminou também com o maior número de voltas (87). O suíço tem feito um bom início de temporada que prossegue assim bem encaminhado.

Os Prema ficaram um pouco para trás e Felipe Drugovich (líder do campeonato ao serviço da MP) ainda conseguiu ficar no Top 5. Marcus Armstrong deixou o seu Hitech a algumas décimas do topo, seguido do DAMS do estreante Ayumu Iwasa e do Virtuosi de Marino Sato.

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F2 – Resultado: 1. Boschung (1m27s929) \ 2. Armstrong (1m28s170) \ 3. Iwasa (1m28s331) \ 4. Sato (1m28s436) \ 5. Drugovich (1m29s131)

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Dia 2

Sem poder contar com o Charouz de Bölükbaşı devido ao acidente do turco, a segunda sessão começou ainda com presença do vento e alguns pingos de chuva. A manhã viu Sato e Iwasa (o último a ficar em 3º novamente) a provocarem pequenas paragens no andamento, enquanto que na tarde foi a vez de ser Calan Williams a parar o seu Trident na curva final (mas ainda assim a acabar o dia entre os 5 primeiros).

A chuva marcou presença e deixou vários na garagem de tarde também, pelo que os tempos, na sua maioria, foram mais lentos que no Dia 1.

No final foram os Trident e DAMS a figurarem no Top 5, com Roy Nissany em 1º e Richard Verschoor em 2º. Drugovich, Armstrong e Pourchaire figuraram mais uma vez entre os 10 primeiros, enquanto que Lawson se recuperou para neste dia o conseguir.

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F2 – Resultado: 1. Nissany (1m28s812) \ 2. Verschoor (1m29s328) \ 3. Iwasa (1m29s596) \ 4. Boschung (1m29s695) \ 5. Williams (1m29s702)

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Dia 3

Com o Sol a brilhar, o último dia dos Fórmula 2 em pista foi de voltas rápidas de qualificação de manhã e de simulações de corrida durante a tarde. A Charouz substituiu o seu piloto lesionado por David Beckmann para esta sessão, com o alemão a terminar como o mais lento mas com umas respeitáveis 71 voltas completadas (não impedindo ainda ssim que a equipa não terminasse como a que menos quilómetros acumulou nos 3 dias).

Vips, Vesti e Hauger pararam em pista durante a tarde, mas isto não impediu o último de se classificar entre os 5 primeiros. Para entusiasmo dos fãs brasileiros, o líder do campeonato, Felipe Drugovich voltou a liderar uma sessão, com uma margem de 3 décimas sobre o 2º classificado Lawson. Jack Doohan mais uma vez impressionou com o seu Virtuosi em 3º, Verschoor idem com o Trident em 4º, e Hauger começa a encontrar o seu ritmo na nova categoria.

A Campos terminou como a estrutura com mais voltas dadas, num conjunto de dias em que a experiência de Boschung veio ao de cima. Já a ART e a Hitech mostraram menos ritmo que o esperado, enquanto que na DAMS e Trident se parece depender exclusivamente de um dos pilotos (respetivamente, Iwasa e Verschoor) para os melhores resultados.

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F2 – Resultado: 1. Drugovich (1m27s529) \ 2. Lawson (1m27s820) \ 3. Doohan (1m27s838) \ 4. Verschoor (1m27s858) \ 5. Hauger (1m27s945)

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Dia 4

Ao contrário da Fórmula 2, a F3 teve direito desde o seu primeiro dia a um Sol esplenderoso em Barcelona. Oliver Rasmussen, tal como já fora anunciado, passou a ocupar o lugar de Jonny Evans da Trident, mas também houve duas novas alterações: David Schumacher apareceu no lugar de Ayrton Simmons na Charouz (sem explicação) e Matteo Nannini substituiu o lesionado Juan Manuel Correa na ART.

O dia foi liderado pelo ART de Grégoire Saucy, com direito ao colega Victor Martins em 3º a 2 décimas de segundo. O ART de Nannini parou na Curva 10 durante a sessão, uma de duas paragens do dia (a outra foi do Hitech de Isack Hadjar).

Os Trident de Zane Maloney e Roman Staněk completaram o fim do Top 5, enquanto que o argentino Franco Colapinto continua a impressionar na novata Van Amersfoort. Destaque ainda para William Alatalo, que continua a colocar a Jenzer em lugares bem acima dos conseguidos pelos colegas, e para os resultados menos bem conseguidos pela Prema.

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F3 – Resultado: 1. Saucy (1m32s247) \ 2. Colapinto (1m32s402) \ 3. Martins (1m32s491) \ 4. Maloney (1m32s643) \ 5. Staněk (1m32s678)

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Dia 5

No quinto e último dia de acção em pista em Barcelona com uma manhã de simulações de qualificação de F3. A MP foi quem se saiu melhor com uma dobradinha de Caio Collet e Alexander Smolyar, com Colapinto a voltar a impressionar também.

A Prema conseguiu recuperar um pouco em relação ao Dia 4, com Arthur Leclerc a conseguir entrar no Top 10 e Jak Crawford algumas posições atrás. Já a Trident, campeã de 2021, colocou os seus 3 pilotos entre os 10 primeiros, a única a consegui-lo.

Nannini e Schumacher prosseguiram os seus dias, com desenvolvimentos positivos, enquanto que László Tóth ficou, pelo segundo dia consecutivo, como o mais lento dos 30 carros em sessão. Um desenvolvimento preocupante, dado o húngaro nem sequer ser um estreante completo…

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F3 – Resultado: 1. Collet (1m31s507) \ 2. Smolyar (1m31s824) \ 3. Colapinto (1m31s848) \ 4. Hadjar (1m31s855) \ 5. Staněk (1m31s935)

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F2 – Progresso Total

#EquipaTempoVoltas
1MP1m27s529Drugovich359
2Carlin1m27s820Lawson426
3Virtuosi1m27s838Doohan345
4Trident1m27s858Verschoor418
5Campos1m27s929Boschung449
6Prema1m27s945Daruvala329
7DAMS1m27s989Iwasa387
8ART1m28s021Pourchaire444
9Charouz1m28s027Fittipaldi307
10Hitech1m28s170Armstrong365
11Van Amersfoort1m28s352Hughes351
Barcelona \ 12-14 Abril 2022

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F3 – Progresso Total

#EquipaTempoVoltas
1MP1m31s507Collet367
2Van Amersfoort1m31s848Colapinto585
3Hitech1m31s855Hadjar485
4Trident1m31s935Staněk434
5ART1m32s002Saucy511
6Prema1m32s206Bearman387
7Campos1m32s380Martí451
8Jenzer1m32s759Alatalo434
9Charouz1m32s851Pizzi389
10Carlin1m32s935O’Sullivan479
Barcelona \ 15-16 Abril 2022




Prema lidera os dois dias de Jerez – Testes F3

6 04 2022

Sem ligação à “irmã mais velha” F2, a Fórmula 3 apresentou-se para um mini-teste de 2 dias ao redor do circuito de Jerez em Espanha, com a notícia de que Jonny Edgar terá que abandonar (pelo menos momentaneamente) a sua carreira de automobilismo, após um diagnóstico de doença de Crohn, ainda bem fresca na memória. Para o lugar do britânico da Trident, entrou Oliver Rasmussen.

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Dia 1

O primeiro dia acabaria transformado num teste dos pneus de chuva intensa devido ao temporal que se abateu sobre o circuito espanhol. Arthur Leclerc até tinha liderado durante a manhã mas foi o colega de equipa da Prema, Oliver Bearman, quem acabou no topo da tabela agregada de tempos. Atrás do britânico chegaram o homem da casa, Pepe Martí, e o estreante rápido da Trident, Zane Maloney.

Rasmussen pareceu fazer uma adaptação razoável à sua nova equipa, enquanto que Enzo Trulli fez a proeza de ser último classificado mas o piloto com mais voltas completadas.

Os dois primeiros do campeonato completaram o Top 5, com Juan Manuel Correa em 6º, numa clara demonstração de ritmo recuperado neste segundo ano de regresso aos monolugares após o seu terrível acidente de 2019 em Spa.

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Resultado: 1. Bearman (1m33s009) \ 2. Martí (1m33s666) \ 3. Maloney (1m33s736) \ 4. Martins (1m33s751) \ 5. Leclerc (1m33s998)

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Dia 2

Começando com uma pista húmida mas terminando em situação de piso totalmente seco na tarde, o segundo dia acabaria com Arthur Leclerc e Victor Martins a permanecerem as referências do paddock com os dois primeiros postos separados por meras 14 milésimas de segundo.

O melhor dos restantes foi Isack Hadjar, que já vencera no primeiro GP do ano no sprint, e pelo pole position do primeiro GP, Franco Colapinto. Ambos os estreantes parecem continuar assim no bom caminho, com o Top 5 a ser completo por Rasmussen, no Trident.

O Van Amersfoort de Rafael Villagómez terminou como o carro com mais voltas completadas do dia (102) mas bastante para baixo na tabela de tempos, enquanto Maloney e Bearman conseguiam ficar outra vez no Top 10.

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Resultado: 1. Leclerc (1m29s366) \ 2. Martins (1m29s380) \ 3. Hadjar (1m29s611) \ 4. Colapinto (1m29s614) \ 5. Rasmussen (1m29s634)

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Progresso Total

#EquipaTempoVoltas
1Prema1m29s366Leclerc386
2ART1m29s380Martins373
3Hitech1m29s611Hadjar376
4Van Amersfoort1m29s614Colapinto426
5Trident1m29s634Rasmussen399
6Carlin1m30s023O’Sullivan402
7Campos1m30s157Vidales405
8MP1m30s327Collet301
9Charouz1m30s485Pizzi360
10Jenzer1m30s582Cohen421
Jerez \ 5-6 Abril 2022

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Fonte:
Motorsport \ Jonny Edgar pausa a carreira





Resumo – Invasão russo repercute-se também no automobilismo, Magnussen regressa

9 03 2022

Desde o primeiro momento da invasão russa à Ucrânia que se tinha tornado claro que o mundo ocidental teria que adaptar as suas práticas de negócios, devido às inevitáveis sanções. O que não se esperava era a força delas, que até no automobilismo se repercutiram.

A mais óbvia de todas foi a situação da Haas na F1. Não demorou muito para que a equipa rescindisse contratos com a Ural Kali e Nikita Mazepin (cujos protestos sobre a equipa não colheram muitos frutos, dado que dificilmente se acreditava sequer ter merecido o lugar para começar). A marca avisou que ia processar a equipa mas sanções aos dois Mazepin da parte da UE poderão dificultar a questão.

Gene Haas acabou por optar por Kevin Magnussen para o seu lugar vago, depois de durante a semana ter dado a entender que queria alguém com experiência. Pietro Fittipaldi, o piloto de testes, chegou a ser considerado mas vai ficar-se pelo primeiro dia de testes no Bahrain.

A Ural Kali também viu as suas ligações à Hitech na F2 e F3 desvancerem-se. Primeiro foi Dmitry Mazepin a “devolver” a posição de acionista maioritário a Oliver Oakes, depois o anúncio da equipa sobre o fim da parceria com a empresa do russo.

A FIA baniu pilotos russos e bielorrussos de competirem a representarem a federação russa e de apoiarem a invasão em declarações públicas. Algumas federações (como a britânica) foram mais longe e baniram por completo os seus atletas. Por seu lado a FOM terminou com o contrato do GP da Rússia, que iria passar para Igora Drive em 2023.

No WEC a G-Drive, equipa russa, anunciou através do seu dono Roman Rusinov que se recusará a aceitar as condições “discriminatórias” da FIA e retirou a sua entrada do campeonato, para se “concentrar em eventos de desporto motorizado na Rússia”.

Fontes: Autosport, Autosport PT, FIA, Formula Scout, Haas, Motorsport, Race Fans

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Alfa Romeo é a única equipa no peso certo

Com os carros mais pesados que nunca no seu peso mínimo, várias equipas têm tido problemas em conseguir estar perto dele. A Alfa Romeo, que correrá com suspensão e caixa de velocidades próprias em 2022, parece ser a única equipa capaz de não estar demasiado acima. Algumas equipas já pediram uma subida, de modo a não terem que gastar recursos a tornar-se mais leves.

Recentemente, a equipa também promoveu Alessandro Bravi a Managing Diretor.

Fontes: GPBlog, Sportskeeda, The Race

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Alpine adquire fatia final da equipa de Enstone

Tendo vendido a maioria da sua equipa no final de 2009 à Genni Capital (que geriu a estrutura durante os anos Lotus), a Renault finalmente comprou todas as parcelas em falta aos luxemburgueses este ano.

Fonte: Confidential Renault

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Verstappen com renovação milionária e longa

O campeão do mundo em título, Max Verstappen, era um dos pilotos cujo contrato estava prestes a terminar o seu contrato em vigor, e acabou por se tornar o primeiro a comprometer o seu futuro a longo prazo. A renovação com a Red Bull valer-lhe-á 50 milhões de dólares por ano e será até ao final de 2028. Quando chegar ao final, Verstappen (em teoria) será o piloto com mais GPs pela mesma equipa na história da F1.

Fonte: BBC

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Imola com lugar no calendário até 2025

Tendo sido chamada de volta ao calendário devido à pandemia durante o ano de 2020, e em substituição ao GP da China em 2021 e 2022, Imola conseguiu um acordo com a FOM para permanecer a título definitivo até 2025.

Fonte: Sapo





Jovens Red Bull impressionam no deserto – Testes F2/F3

4 03 2022

Com uma semana de pausa entre os dois testes da Fórmula 1, coube à Fórmula 2 e 3 entreter os fãs de automobilismo com as suas próprios sessões de pré-temporada. Realizados em Sakhir, estes testes iam sempre servir mais para verificar o nível de preparação dos pilotos das categorias que dos carros, uma vez que não haviam diferenças de chassis em relação aos últimos anos da categoria.

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Dia 1

Primeiro dia e Prema na frente. Tudo normal até aqui. Jehan Daruvala fez uso do seu estuto como um dos mais experientes na Fórmula 2 para liderar o primeiro dia de testes da temporada. O colega estreante e campeão em títula da F3, Dennis Hauger, completou o trio da frente.

Os outros dois estreantes em lugares cimeiros foram Calan Williams (algo surpreendente, considerando que a Trident não é uma grande força na F2) e Logan Sargeant (que ficou a 5 milésimas do rápido colega de equipa na Carlin, Liam Lawson).

Com mais de metade da grelha a consistir de estreantes (à boa moda da categoria), a Fórmula 3 arrancou os seus testes com grandes expectativas sobre quem seriam os elos mais fortes deste ano. A resposta acabou por ser Zane Maloney, estreante da Trident (campeã de equipas do ano passado) e campeão de F4 Britânica de 2021. Atrás dele seguia outro estreante, William Alatalo (com nacionalidade etíope e finlandesa), da Jenzer, que se mostrou bem melhor que os colegas de equipa.

A Prema fez uma das suas figuras habituais: os 3 carros ficaram no Top 10 (única a consegui-lo no primeiro dia), enquanto que a Van Amersfoort colocou os seus dois estreantes nos 10 primeiros (Franco Colapinto e Reece Ushijima) na sua estreia de F3. Uma última nota ainda para Alexander Smolyar ter que correr sem bandeira russa e Juan Manuel Correa teve um teste inconclusivo de Covid-19 (logo não participou).

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F2 – Resultado: 1. Daruvala (1m42s074) \ 2. Williams (1m42s590) \ 3. Hauger (1m42s602) \ 4. Lawson (1m43s478) \ 5. Sargeant (1m43s483)

F3 – Resultado: 1. Maloney (1m47s614) \ 2. Alatalo (1m47s783) \ 3. Crawford (1m47s799) \ 4. Staněk (1m47s854) \ 5. Colapinto (1m47s943)

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Dia 2

Na Fórmula 2 o segundo dia foi de demonstrações de excelente ritmo da Carlin. Lawson liderou por 4 décimas de segundo sobre o adversário mais próximo (um impressionante Ralph Boschung da Campos) e viu o seu colega estreante Sargeant ficar mais uma vez no Top 5. Théo Pourchaire, outro dos favoritos ao título também deu um ar da sua graça ao fazer o mesmo tempo à milésima que o 2º classificado.

O teste chegou a ser interrompido, com paragens em pista de Amaury Cordeel e Ayumu Iwasa. A Prema, por uma vez, pareceu menos impressionante mas a Virtuosi voltou a mostrar um ritmo sólido com Doohan a integrar o pelotão dos 5 primeiros.

Três carros entre os 5 primeiros colocaram a ART numa posição muito vantajosa para o segundo dia da Fórmula 3. Victor Martins liderou o assalto dos franceses, com Grégoire Saycy em 4º e o recuperado Correa em 5º. O líder absoluto foi o Hitech de Isack Hadjar, um bom prémio para uma equipa que viu o seu acionista maioritário (Dmitry Mazepin) ter que largar a equipa novamente em Oliver Oakes a meio das sanções a empresários russos pela invasão russa da Ucrânia.

A sessão (que terminou um pouco mais cedo após colisão entre Cohen e Correa) foi liderada por uma variedade de pilotos antes de assentar na sua classificação final, que viu o líder do dia anterior (Maloney) colocar-se em 6º, enquanto que pilotos mais bem cotados como Alexander Smolyar colocarem-se em posições mais condizentes com o seu talento.

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F2 – Resultado: 1. Lawson (1m41s623) \ 2. Boschung (1m42s096) \ 3. Pourchaire (1m42s096) \ 4. Sargeant (1m42s133) \ 5. Doohan (1m42s144)

F3 – Resultado: 1. Hadjar (1m47s516) \ 2. Martins (1m47s602) \ 3. Edgar (1m47s629) \ 4. Saucy (1m47s804) \ 5. Correa (1m47s834)

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Dia 3

Uma tempestade de areia ditaria que a Fórmula 2 só conseguiria correr durante a manhã em Sakhir, o que ajuda a explicar os tempos bastante elevados dos pilotos. Os MP acabariam com uma dobradinha, liderada por Felipe Drugovich, enquanto que a Carlin manteve as suas boas indicações do conjunto dos outros dias, ficando com ambos os carros no Top 5 mais uma vez (e sendo a única equipa a descer do segundo 42).

A Prema continua com força mas as dúvidas incidem sobre um dos favoritíssimos da temporada, Théo Pourchaire, que conseguiu sempre andar com bom ritmo. Os estreantes Doohan e Vesti também serão interessantes de manter debaixo de olho.

O último dia da Fórmula 3 foi uma confirmação da força da ART pelo segundo dia consecutivo, com Saucy e Martins, e o dia em que finalmente se viu a MP a mostrar alguma da sua rapidez do ano anterior, com Collet e Smolyar. O tempo mais rápido, no entanto, voltou a ir para o Hitech de Hadjar, que assim se assume como o alvo a abater para a primeira corrida sprint do ano.

A julgar pela tabela do progresso total, parece que as 5 primeiras equipas deverão ser as mesmas de 2021, mas talvez bem mais próximas umas das outras, com MP, ART e Hitech capazes de dar mais dores de cabeça à Prema e Trident.

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F2 – Resultado: 1. Drugovich (1m44s911) \ 2. Novalak (1m45s883) \ 3. Vips (1m45s978) \ 4. Lawson (1m46s114) \ 5. Sargeant (1m46s761)

F3 – Resultado: 1. Hadjar (1m47s247) \ 2. Crawford (1m447s628) \ 3. Saucy (1m47s719) \ 4. Collet (1m47s782) \ 5. Smolyar (1m47s909)

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F2 – Progresso Total

#EquipaTempoVoltas
1Carlin1m41s623Lawson331
2Prema1m42s074Daruvala305
3Campos1m42s096Boschung308
4ART1m42s096Pourchaire343
5Virtuosi1m42s144Doohan310
6MP1m42s273Drugovich276
7Trident1m42s297Verschoor274
8Van Amersfoort1m42s483Hughes269
9Hitech1m42s565Vips242
10Charouz1m42s729Bölükbaşı260
11DAMS1m43s083Nissany307
Sakhir \ 2-4 Março 2022

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F3 – Progresso Total

#EquipaTempoVoltas
1Hitech1m47s247Hadjar475
2ART1m47s602Martins497
3Trident1m47s614Maloney516
4Prema1m47s628Crawford531
5MP1m47s782Collet516
6Jenzer1m47s783Alatalo445
7Carlin1m47s918O’Sullivan470
8Van Amersfoort1m47s943Colapinto521
9Campos1m47s971Vidales494
10Charouz1m48s158Pizzi453
Sakhir \ 2-4 Março 2022




Ferrari bem nascido, Alpine em sarilhos – Pré-Época 2022 (1/2)

26 02 2022

Com as expectativas dos fãs em alta para a primeira aparição dos novos carros, a Fórmula 1 acabou por tomar a impopular decisão de não transmitir diretos da primeira sessão de testes de Barcelona, deixando-a para a segunda (no Bahrain, que pagou maravilhosamente pela honra). A categoria justificou atabalhoadamente, dizendo que não era um “Teste Oficial” mas sim uma “Sessão de Pré-Época” e alguns comentadores como Will Buxton até lhe chamaram de shakedown.

Tratataram-se de 3 dias de testes com tempos registados e voltas completadas com carros novos, logo ignoremos a categoria principal e passemos os 3 dias em revista.

Dia 1

Houve muita pressa em ir para a pista e fazer os quilómetros contar no primeiro dia. A Red Bull colocou Max Verstappen a correr o dia inteiro e o holandês completou umas incríveis 147 voltas (o equivalente a 2,5 GPs de Espanha) ao volante do verdadeiro RB18. Carro que tinha certos painéis por pintar em fibra de carbono, tal tinha sido a pressa, com formas muito arrojadas que colocaram os rivais de sobrolho levantado.

Um deles foi Lewis Hamilton que, enquanto deixava George Russell ao volante do Mercedes de manhã, foi bisbilhotar todas as garagens da grelha. Os alemães mostraram bom ritmo e fiabilidade, com Hamilton a mostrar confiança no W13.

Quem realmente deixou todos de aviso foi a Ferrari. Charles Leclerc e Carlos Sainz ficaram em 2º e 3º e deixaram a equipa a liderar a quilometragem. No paddock comentava-se à boca pequena o à vontade do F1-75 nas curvas rápidas. Por seu lado, Lando Norris tratou de menosprezar o seu tempo mais rápido (conseguido com os pneus C4 contra os Ferrari de C3).

Quem teve um dia difícil foi a Alfa Romeo e a Haas. Ambas tiveram o seu tempo de pista muito limitado por problemas mecânicos, especialmente a Alfa Romeo (“peça pequena” falhou, já na Haas o líquido de refrigeração desapareceu). Estes descreveram os seus problemas como não sendo de maior, mas o carro (que ainda corre com pintura de camuflagem) foi o que menos voltas deu a Barcelona.

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Resultado: 1. Norris (103) \ 2. Leclerc (80) \ 3. Sainz (73) \ 4. Russell (77) \ 5. Hamilton (50) \ 6. Vettel (52) \ 7. Tsunoda (121) \ 8. Alonso (127) \ 9. Verstappen (147) \ 10. Bottas (23) [número de voltas entre parênteses]

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Dia 2

A quinta-feira acordou com eventos que se sobreposeram ao que sucedia em pista. A invasão da Rússia à Ucrânia. Enquanto a FOM se refugiava num comunicado insípido sobre “monitorizar a situação”, Sebastian Vettel fez questão de dizer que, com ou sem GP da Rússia no calendário, ele não tomaria parte. Verstappen também expressou discordância na realização da corrida. Tudo isto resultou em reuniões durante a noite, numa altura em que os rumores de uma substituição da corrida com o GP da Turquia proliferaram.

Para a Haas foi um pesadelo. Guenther Steiner não compareceu à conferência de imprensa a que devia ter ido, para evitar perguntas sobre os patrocinadores russos. À noite chegou a notícia de que a equipa mandou retirar a pintura da bandeira russa e alusões à Ural Kali do VF-22 para sexta-feira, acreditando-se que isso pudesse signficar o fim de Nikita Mazepin na equipa (até porque o russo não compareceu às conferências também).

Sobre a ação em pista, foi possível ver uma Ferrari rápida e fiável, com Leclerc na frente da tabela de tempos e a equipa a liderar a quilometragem. O mesmo se pode dizer de Daniel Ricciardo, para além de que, com Pierre Gasly aos comandos, o novo AlphaTauri também brilhou em ambos os quesitos. A Alfa Romeo voltou a ter problemas com fiabilidade (radiador esquerdo), desta vez acompanhada também pela Red Bull (caixa de velocidades).

O segundo dia também demonstrou uma falha dos novos regulamentos. O fenómeno de porpoising regressou à F1 quando já não se via desde os anos 80. Com a nova dependência de efeito de solo, os monolugares dependem da carga aerodinâmica do chão. As equipas, ao rodarem o mais próximo possível do asfalto, viram essa carga oscilar constanemente, provocando o engraçado saltitar dos F1 que se viu nas câmaras de Barcelona.

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Resultado: 1. Leclerc (79) \ 2. Gasly (147) \ 3. Ricciardo (126) \ 4. Russell (66) \ 5. Sainz (71) \ 6. Vettel (74) \ 7. Pérez (78) \ 8. Mazepin (42) \ 9. Albon (47) \ 10. Zhou (71) [número de voltas entre parênteses]

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Dia 3

Com o foco do mundo na guerra ucraniana, a Haas apareceu de branco e com o seu chefe de equipa a quase confirmar que a Ural Kali e Mazepin estarão fora das contas para este ano. O substituto mais provável será o piloto de testes, Pietro Fittipaldi, com uma possibilidade menor de ser Antonio Giovinazzi. Já a reunião dos chefes de equipa com a FOM já resultou no cancelamento do GP da Rússia.

Foi um dia de grandes problemas mecânicos para Haas, Aston Martin e Alpine. Todas tiveram que terminar o seu dia mais cedo, com o foco principal na maneira como o motor Renault de Fernando Alonso cedeu no início da manhã, sendo já conversa de paddock que o A522 poderá não estar nem perto dos seus objetivos.

A Ferrari acabou, por alguma margem, como a recordista de voltas ao circuito de Barcelona seguida de Mercedes e McLaren. A Mercedes deu um ar da sua graça com os pneus mais macios no final do terceiro dia, chegando ao 1m19s1. A Red Bull também mostrou algum do seu ritmo, sendo itnteressante ver Verstappen a 6 décimas com um composto C3 contra o C5 de Hamilton.

No outro extremo viu-se Haas e Alfa Romeo a não mostrarem nem fiabilidade nem velocidade. A Williams parece ter uma base sólida.

Houve ainda espaço para testes de pneus de chuva intensa e intermédios, com camiões a molharem a pista durante a hora de almoço para o efeito.

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Resultado: 1. Hamilton (94) \ 2. Russell (66) \ 3. Pérez (74) \ 4. Verstappen (59) \ 5. Vettel (48) \ 6. Leclerc (44) \ 7. Sainz (92) \ 8. Albon (94) \ 9. Latifi (13) \ 10. Ricciardo (86) [número de voltas entre parênteses]

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Progresso Total

#EquipaVoltasTempo
1Ferrari4391m19s689
2Mercedes3931m19s138
3McLaren3671m19s568
4Red Bull3581m19s556
5Williams3471m20s318
6AlphaTauri3081m19s918
7Aston Martin2961m19s824
8Alpine2641m21s242
9Alfa Romeo1751m21s885
10Haas1601m21s512
Barcelona \ 23-25 Fevereiro 2022




Resumo – A inevitável queda de Masi

22 02 2022

Uma vez passado o momento de raiva inicial da Mercedes, ficou sempre no ar a ideia de que a “paz” na Fórmula 1 tinha sido conseguida às custas de algumas cedências da FIA aos alemães. As primeiras foram descobertas no rescaldo de uma reunião da FIA, cujos resultados são agora concluídos e viram Michael Masi mudar de funções dentro do organismo para ceder o posto de Diretor de Corrida.

Mesmo com vários pilotos a expressarem o seu apoio, acredita-se que o próprio Masi não sentiu condições para prosseguir. O lugar será ocupado por duas pessoas, Niels Wittich e Eduardo Freitas, que possuem bastante experiência noutras categorias, sendo que serão ainda auxiliados por um Control Room Virtual a ser estabelecido.

Outra das medidas anunciadas foi a da adaptação dos pontos das provas interrompidas antes de tempo consoante a percentagem de corrida realizada, de modo a evitar qualquer possível repetição dos eventos de Spa-Francorchamps 2021.

Fonte: F1

Austin no calendário até 2026

O circuito do Texas que sedia atualmente o Grande Prémio dos EUA viu o seu vínculo à FOM renovado até 2026, assegurando que o país da América do Norte continuará a receber duas corridas por ano (Miami inicia a sua estadia este ano).

Fonte: Autosport

Andretti faz pré-inscrição para a F1 2024

Michael Andretti submeteu uma proposta de inscrição de uma nova equipa à Fórmula 1, com potencial entrada em 2024. O americano já tinha tido conversações com a Sauber em 2021, só que parece estar a apostar as suas fichas numa nova estrutura.

A Renault já piscou o olho a um possível fornecimento de motores, ainda que seja preciso esperar ver se a FIA está interessada em ascender de 10 as equipas. Muitas vêm na subida de inscritos uma diluição dos prémios e mesmo Toto Wolff já deixou no ar que 10 é um número suficiente (quando há vários anos os fãs se queixam de não haverem assentos suficientes para os pilotos…).

Fonte: Jalopnik

Obrigação de pneus Q2 cai para 2022

Uma das medidas mais contestadas pelos fãs sobre a qualificação na Fórmula 1, a obrigatoriedade de os 10 primeiros partirem com os compostos com que fizeram a sua volta de Q2, será abandonada para 2022, confirmou a FIA.

Fonte: Race Fans

Nissan irá fornecer a futura estrutura Mercedes na Fórmula E

Com a Mercedes a abandonar a Fórmula E no final deste ano, mas com interesse em manter a estrutura de Brackley na categoria, a futura equipa privada passará a contar em 2023-26 com unidades motrizes da Nissan. Espera-se ainda a confirmação dos rumores de que a McLaren será a nova dona da equipa.

Fonte: Grande Prêmio

Jamie Chadwick permanece um terceiro ano na W Series

Sem alternativas aparentes para o seu programa de competição, a bi-campeã em título da W Series, Jamie Chadwick, renovou a sua participação na categoria por um terceiro ano consecutivo. Há muito que parecem faltar os meios financeiros a pilotos talentosas como Chadwick, e o facto de a categoria que era suposto lançar mais mulheres no automobilismo continuar a não fazer ascender ninguém à F2/F3 tem sido notório.

Fontes: Autosport PT





Resumo – Testemunhos, mudanças no topo e bastidores

18 01 2022

Há muito tempo que se sabe que a expansão ininterrupta da quantidade de Grande Prémios a cada nova temporada é problema grave que a categoria terá que resolver, principalmente para os seus membros mais vulneráveis. Mas a excelente reportagem da Motorsport, com a participação de um mecânico anónimo, pinta a situação em cores bem mais graves do que seria de imaginar.

O mecânico descreve um clima de enorme pressão, mecânicos a aguentarem-se através de bebidas alcoólicas e drogas, chefes de equipa que preferem não fazer avaliações sobre estado do pessoal por medo do que descobrirão, permanente ameaça de perda de emprego se recusarem tarefas e a estagnação de salários (que leva muitos mecânicos a preferir F2 e FE pela reduzida carga horária e salário quase idêntico).

Uma leitura assustadora que, esperemos, possa mudar o estado das coisas.

Fonte: Motorsport

Szafnauer e BWT fora da Aston Martin, Alpine com mudanças profundas

O diretor técnico Otmar Szafnauer foi removido das suas funções na equipa Aston Martin, com um anúncio a ter sido feito a 5 de Janeiro pela estrutura. O americano de origem romena tinha negado rumores da sua saída meses antes, mas a chegada de Martin Whitmarsh parecia indicar a probabilidade de algo deste género suceder. Também a patrocinadora BWT anunciou a sua saída, mas mantendo-se como parceira da F1 (com rumores de poder integrar outra equipa).

Mike Krack (ex-BMW) assumiu as funções de Szafnauer, enquanto que na Alpine foram as cabeças de Marcin Budkowski e Alain Prost que rolaram (o último a lançar acusações ao CEO da marca).

Fonte: Autosport PT, BBC, F1, Planet F1, Sky Sports

Santander regressa à Ferrari

Depois da não-renovação do acordo histórico da Philip Morris com a Ferrari (que vinha desde 1973), foi finalmente anunciado quem substituiria a marca de tabaco como principal patrocinador da Scuderia: o banco Santander. Tendo já trabalhado com os italianos antes com a presença de Fernando Alonso na equipa, o banco regressa agora que outro espanhol (Carlos Sainz) pilota um dos carros.

Fonte: Santander

Williams vence processo contra RoKit

Com uma ruptura de acordo inesperada durante os meses de paragem pandémica em 2020, a Williams e o patrocinador RoKit viram o processo judicial que os envolvia chegar ao fim. A Williams venceu o processo de 35 milhões de dólares segundo o California Central Court, com a RoKit a ser considerada incumpridora do seu acordo de 5 anos de patrocínio, tendo falhado pagamentos.

Fonte: Decal Spotters

Maserati junta-se à Fórmula E em 2023

Com a Geração 3 de Fórmula E a chegar em 2023, a categoria viu o seu plantel reforçado com a entrada da Maserati. A marca italiana pertence ao grupo Stellantis, mas já deixou claro que a sua entrada não será feita às custas da DS (também do grupo e que já está na categoria com a Techeetah). Veremos se sempre será o caso, dado que o grupo VW fizera promessas semelhantes em relação a Audi e Porsche…

Fonte: Formula E

Resultados de investigação só no primeiro GP

Com uma importante secção da imprensa inglesa a não parar de exercer pressão sobre a FIA, e com a Mercedes a fazer o mesmo, sobre a investigação FIA sobre as voltas finais do GP de Abu Dhabi, a organização anunciou que os resultados seriam divulgados ao WMSC em inícios de Fevereiro e que ações eventuais seriam anunciadas a 18 Março. Justamente durante o GP do Bahrain, uma maneira de forçar a mão da Mercedes (que tem procurado ampliar o rumor de uma eventual reforma de Lewis Hamilton em protesto).

Fonte: F1 Mania

Zak Brown antevê o ano, com críticas ao poder das equipas

Para além de antever um bom ano da McLaren em continuação dos esforços de anos recentes, o CEO Brown aproveitou as suas declarações de previsão de ano para lançar farpas às capacidades organizacionais da FIA e FOM (usando como exemplo os abortados GPs da Austrália 2020 e Bélgica 2021), ao uso de equipas B para deturpar os votos (com as equipas pequenas a votarem contra os seus interesses para benficiar as equipas A) e as tentativas de lobbying por um maior tecto orçamental como maneira de anular os seus efeitos contra as equipas ricas.

Os agradecimentos pela promoção da F1 no Médio Oriente com a expansão para Qatar e Arábia Saudita, no entanto, são boas recordações de que a McLaren é detida por um fundo do Bahrain. Uma leitura interessante, de qualquer das formas.

Fonte: McLaren





Resumo – 9 apresentações concluídas, sobra a Ferrari

6 03 2021

De 15 de Fevereiro até ao dia de hoje, tivemos já 9 apresentações das 10 equipas do grid de Fórmula 1. Faltando apenas a Scuderia Ferrari (que o fará dia 10 de Março), foi possível ver já as armas de ambos os extremos da tabela. Haas e Williams, pelas dificuldades de 2020 e pela quase ausência de patrocinadores dos seus chassis, deverão passar por dificuldades na sua luta por não serem últimos no campeonato. Já a Red Bull e Mercedes mostraram o menos possível de ambos os seus carros, parecendo paranóicas quanto à possibilidade cópias, até porque deverá ser entre ambas a luta pelo título.

De resto, as outras 5 equipas estarão todos em disputa pelo 3º lugar do campeonato, provavelmente. Com exceção da Alfa Romeo, todas mudaram de pilotos, uma de motor e outras de identidade. Agora é só esperar pelos testes do Bahrain para ter uma melhor ideia de como alinham todos os intervenientes.

Em Sakhir abrirá também o campeonato de Fórmula 2, numa altura em que a Trident confirmou os seus piloto com o promissor Bent Viscaal e o experiente Marino Sato. Assim, apenas sobra preencher uma vaga na MP Motorsport para a F2 estar com o grid completo.

Fonte: Formula Scout

Red Bull compra PU da Honda

Confirmando o rumor que circulava há algum tempo, e intensificado após o anúncio do congelamento da tecnologia de motores até 2025, a Red Bull e a Honda anunciaram ter chegado a acordo para que a equipa austríaca possa continuar a usar os propulsores japoneses após este ano. Foi criada uma nova divisão (Red Bull Powertrains Limited) que montará os motores doravante e que, após 2025, desenhará as unidades motrizes da Red Bull e AlphaTauri na Fórmula 1.

Fonte: Autosport

Albert Park modifica pista

Com o objetivo de melhorar a qualidade da ação em pista no Grande Prémio da Austrália (se sempre for possível a visita da F1 na nova data de Novembro), a pista de Melbourne tem-se ocupado a modificar secções do traçado de modo a eliminar curvas lentas que possam impedir os bólides de se seguirem tão de perto durante a prova. Os promotores também mostraram abertura em relação a mudar a data tradicional do GP para o final da temporada de modo definitivo (tal como quando o GP da Austrália era em Adelaide).

Fonte: PlanetF1

F1 terá 3 corridas sprint em 2021

A Fórmula 1 está em discussões avançadas para que seja possível testar o conceito de corridas sprint nos sábados de Grande Prémios em 2021 em 3 provas selecionadas. Stefano Domenicalli da FOM mencionou a receptividade em relação à ideia de toda em gente (quem serão?) e mostrou vontade de proceder à alteração do modo como a ordem da prova de domingo é decidida, passando-a para um sistema híbrido entre o atual e o do grid inverso.

Fonte: Race Fans

Ferrari de regresso à categoria principal de Le Mans

Depois da toda a especulação sobre se a Scuderia iria utilizar os seus recursos extra, após a implementação do tecto orçamental na Fórmula 1, num hipotético regresso histórico ao mundial de endurance, ficou confirmado que irá de facto acontecer. A estreia ocorrerá em 2023, 50 anos depois da última participação na categoria principal.

Fonte: Top Gear

Fittipaldi correrá em ovais na IndyCar no carro de Grosjean

Ex-colegas na Haas na F1, Pietro Fittipaldi e Romain Grosjean vão dividir carro na Dale Coyne Racing da IndyCar nesta temporada. Fittipaldi correrá nas etapas ovais do calendário, enquanto que Grosjean fará as restantes. O brasileiro tinha já substituído o francês nas duas últimas provas de F1, depois do acidente grave de Grosjean.

Fonte: Race Fans





Resumo – Impasse resolvido, Hamilton renova com Mercedes

12 02 2021

Depois de vários meses em espera, e a apenas 1 mês de distância dos treinos de Inverno do Bahrain, Lewis Hamilton e a Mercedes chegaram finalmente a acordo para a continuação do inglês aos comandos de um dos carros alemães para 2021, quando, com a estabilidade das regras, se espera que possa vir a atingir o título mundial número 8 que o colocaria na frente do recorde de Michael Schumacher.

Apesar dos rumores que davam conta que o piloto assinaria por 2 anos com direito a veto em relação ao colega de equipa, no comunicado oficial dá-se conta que a renovação será de 1 ano apenas e que a fundação conjunta de uma associação de caridade relacionada com o apoio a maior diversidade e inclusão no automobilismo.

Com as novas regras a chegarem para 2022, parece claro que a equipa e o piloto deixam as suas opções em aberto para o próximo ano. Numa altura em que Hamilton tem 36 anos, fica a expectativa de ver se 2021 será o último do piloto na F1.

Fonte: Mercedes F1

Reunião de 5ª feira da FIA traz mudanças

Após a reunião de 5ª feira da FIA foram feitas 3 alterações à categoria: em primeiro lugar a confirmação do GP de Portugal no espaço vago do calendário de 2021; acordo unânime sobre o congelamento da tecnologia dos motores até 2025 (permitindo à Red Bull-AlphaTauri continuarem com os propuslores da Honda); e acordo de princípio sobre a possibilidade de testar o conceito de corridas sprint em alguns Grande Prémios de 2021.

Fonte: F1; Race Fans; BBC

Alonso envolvido em acidente, em recuperação

Na 5ª feira à noite a Alpine divulgou a notícia de que o seu piloto de regresso, Fernando Alonso, tinha tido um acidente com um carro enquanto treinava de bicicleta. Não é a primeira vez que acidentes deste género ocorrem com pilotos (Mark Webber em 2010 ou Alessandro Zanardi em 2020) e chegou-se a temer uma lesão grave. A equipa confirmou no dia seguinte que Alonso ficou com o maxilar superior fraturado e já fez uma intervenção corretiva. Depois do período de 48 horas no hospital é expectável, segundo a Alpine, que ele possa regressar progressivamente aos treinos.

Fonte: Alpine

Grosjean assina pela Dale Coyne na IndyCar

Depois de meses de especulação, e de até o próprio manger lhe ter sugerido parar, após o grave acidente no Grande Prémio do Bahrain, Romain Grosjean anunciou os seus planos para 2021. O francês irá participar nas provas não-ovais da IndyCar ao serviço da Dale Coyne, onde já correram ex-pilotos de F1 como Sébastien Bourdais, Esteban Gutiérrez e Justin Wilson.

Fonte: UOL

Magnussen em Le Mans com a Peugeot

De regresso a Le Mans em 2022 com um protótipo híbrido, a Peugeot anunciou os seus pilotos para o mundial de endurance. Para além de ex-pilotos de F1 como Kevin Magnussen, Jean-Éric Vergne (já trabalha com o grupo PSA na Fórmula E) e Paul di Resta, a equipa contará com o experiente Loïc Duval (que já venceu em Le Mans com a Peugeot em 2013), Mikkel Jensen e Gustavo Menezes.

Fonte: AutoCar