Resumo – Início de temporada atrasado?

7 01 2021

Com o cada vez mais provável adiamento do Grande Prémio da Austrália, e consequente início de temporada uma semana mais tarde no Bahrain, também a ronda de Shanghai na China parece cada vez mais improvável de ocorrer, numa altura em que os números de novos infetados com Covid-19 estão a aumentar exponencialmente.

A F1, que ainda não confirmou inclusive a quarta ronda do campeonato, tem já planos de contingência para o calendário.

A ideia, com a saída da Austrália e China, seria colocar Imola e Portimão (que foram corridas de substituição em 2020) como segunda e terceira rondas do campeonato a 18 Abril e 2 Maio, respetivamente. A ronda australiana seria colocada em Novembro, no final do campeonato, com a mexida de algumas corridas dessa fase do calendário para acomodar a prova de Melbourne.

Fonte: Race Fans

Treinos de 6ª feira perdem 30 minutos cada

Depois das experiências que a F1 fez em 2020 com a supressão dos treinos de 6ª feira no fim-de-semana do Grande Prémio da Emilia-Romagna, como parte do esforço da categoria para reduzir o tamanho dos eventos, foi anunciado que para 2021 as duas sessões de treinos livres de 6ª feira terão menos 30 minutos, passando assim de 1h30 para 1h.

Fonte: Grande Prêmio

Hamilton recebe título de “Sir”

Depois de já ter sido mencionado como rumor em anos anteriores, alguns dias antes do novo ano chegou a confirmação de que Lewis Hamilton iria receber o título de cavaleiro do trono inglês, uma das maiores honras do país, após o início deste ano. Os únicos outros pilotos da história da F1 a receber a honra foram Jack Brabham, Stirling Moss e Jackie Stewart.

Fonte: The Guardian

Jack&Jones deixa aviso à Haas

Patrocinador pessoal de Kevin Magnussen, a Jack&Jones iria sempre deixar de patrocinar a Haas após o final de 2020 com a saída do dinamarquês da equipa. No entanto, a marca de roupa fez questão de expressar o seu distanciamento com o comportamento do futuro piloto da Haas, Nikita Mazepin, numa altura em que a equipa americana tem apostado em soprar para o lado e segurar o russo devido ao seu patrocínio, não obstante a gravidade do assédio filmado no seu Instagram.

Fonte: GP Blog

Albon fará programa de DTM

Depois da decisão tardia da Red Bull em substituir Alexander Albon por Sergio Pérez no segundo carro da marca austríaca, o piloto conseguiu finalmente começar a organizar os seus planos para 2021. Para além de ser o piloto de testes da equipa pela qual deixou de ser titular irá também estar na temporada de DTM em fins-de-semana que não coincidam com os da F1, ao lado de Liam Lawson (outro piloto Red Bull).

Fonte: Autosport.pt

Lando Norris com Covid-19

De férias no Dubai, Lando Norris testou positivo a Covid-19 depois de ter ficado sem paladar nem olfato. Apesar de a McLaren referir que o inglês estava de férias antes de um regime de treino, as críticas não se fizeram esperar, até pela situação preocupante da pandemia no Reino Unido, tendo sido vistas algumas das pessoas que acompanhavam Norris a não fazerem isolamento após o seu teste positivo.

Fonte: Twitter / Lando Norris

Fórmula E começa em Diriyah

Depois do cancelamento da ronda de Santiago, a Fórmula E confirmou que a ronda dupla da Arábia Saudita de 27 e 28 Fevereiro ocorrerá e que será a primeira do ano. Para já não há confirmação sobre rondas posteriores.

Fonte: Autosport

Williams com caixa de velocidades Mercedes

Depois de vários anos a recusar-se em ser uma estrutura satélite das grandes marcas envolvidas na Fórmula 1, a Williams anunciou que passará a contar com o design de caixas de velocidades da Mercedes (a sua fornecedora de motores). O acordo, sempre recusado pela anterior dona da equipa (Claire Williams), foi aceite pelos novos donos, a Dorilton.

Fonte: Formula 1

Alpine conta com Davide Brivio? [Atualização 17/01 – Confirmado]

Davide Brivio, chefe da equipa Suzuki na mundial de MotoGP, anunciou a sua rescisão com a marca japonesa depois do triunfo de 2020 no mundial de motas. Acredita-se que será brevemente anunciado como o novo chefe da estrutura da nova Alpine no mundial de Fórmula 1, acreditando-se que o atual chefe (Cyril Abiteboul) passará para outras funções na marca francesa.

Fonte: Motorsport





Os jovens da Mercedes

4 11 2020

Tal como todas as outras personalidades na internet, a Mercedes possui uma foto que não envelheceu tão dignamente quanto teria preferido. Na foto vemos os jovens Roberto Merhi, Christian Vietoris e Robert Wickens com casacos de cabedal e a fazerem o seu melhor para conseguirem passar um olhar que está algures entre arrogância e “não dormi bem ontem”.

O timming da foto tem que se lhe diga.

Foi divulgada dias antes da equipa vencer a primeira corrida depois do seu regresso à Fórmula 1 como construtora com Nico Rosberg no Grande Prémio da China de 2012. Embora seja hoje difícil de pensar no construtor alemão desta forma, a Mercedes de Abril de 2012 era gozada por ficar muito aquém das suas ambições, continuamente derrotada pela cliente McLaren. O regresso de Michael Schumacher tinha sido pouco produtivo e a equipa parecia compreender que teria de pensar num substituto para o alemão de 43 anos.

Assim, a Mercedes optou por fazer um remake de um dos elementos conhecidos da sua história: a formação de um programa de jovens. Os felizes contemplados, que teriam direito a participações no DTM pela Mercedes, foram Merhi, Vietoris e Wickens. Mas não funcionou dessa maneira. Vietoris e Wickens ainda fizeram carreira no DTM, com direto a vitórias, e Merhi esteve em algumas corridas de F1 em 2015 (sem ligação aos alemães). Ao mesmo tempo a Mercedes fez uma grande aposta em Lewis Hamilton para o lugar de Schumacher, naquilo que se revelou ser uma escolha acertada.

O que sobrou desse programa foi mesmo a foto duvidosa. Se bem que a foto não era inteiramente original. Tratava-se daquilo a que se poderia chamar de remake.

Os jovens originais

Em 1985, a Mercedes decidira fazer uma aliança com a equipa Sauber no mundial de endurance que culminou na vitória nas 24 horas de Le Mans em 1989. A marca alemã considerava também a possibilidade de regressar à Fórmula 1 e tomou a decisão de preparar um grupo de jovens promessas para essa estreia, dando-lhes lugar na Sauber para ganharem experiência de competição ao lado de pilotos experientes como Jean-Louis Schlesser e Jochen Mass.

O trio original era constituído por Karl Wendlinger, Heinz-Harald Frentzen e Michael Schumacher.

Wendlinger teve a menor quantidade de sucesso dos três, tendo participado em 5 temporadas de F1 até um acidente grave no Grande Prémio do Mónaco de 1994 lhe ter terminado a participação na categoria. Apesar disso conseguiu posteriormente triunfos no campeonato de GT e nas 24 horas de Le Mans.

Frentzen optou por sair da estrutura antes de tempo (e foi substituído sem grande brilho por Fritz Kreutzpointner) numa jogada que não o beneficiou, tendo-o levado a medíocres resultados na Fórmula 3000. Apesar disso conseguiu estrear-se na F1 justamente quando a Mercedes entrou na categoria aliada novamente à Sauber. Ao serviço da Sauber, Fretzen deu mostras de velocidade e assinou posteriormente pela Williams.

Nunca tendo atingido o sucesso que almejava com os campeões do mundo em título, Fretzen acabaria por se refugiar na Jordan para a sua mais bem-sucedida temporada com o 3º lugar no campeonato em 1999. A partir daí passou pelas pequenas Prost e Arrows antes de terminar a carreira em 2003 pela Sauber. 3 vitórias foram o seu legado na F1.

Michael Schumacher, menos cotado nos seus tempos de programa que Frentzen, estreou na F1 pelos seus próprios meios com a Jordan e a Benetton. Aquando da estreia da Sauber na categoria, os suíços tentaram usar uma cláusula que obrigaria Schumacher a correr pela Mercedes na categoria, mas sem sucesso. O alemão acabaria por vencer os seus 7 títulos mundiais ao serviço da Benetton e da Ferrari, acabando por apenas conduzir pela Mercedes na Fórmula 1 na segunda passagem entre 2010 e 2012.

A própria Mercedes acabaria por conquistar, até à formação da própria equipa que atualmente domina a F1, os seus títulos mundiais sem nenhum dos seus jovens e com a McLaren, ao invés da Sauber.

De volta a 2012, e com a assinatura de Hamilton pela equipa ao lado de Rosberg, a Mercedes acabaria por ter uma dupla estável até 2016 o que lhes retirou a necessidade de ter pressa na formação de talento. Deste modo, a equipa alemã optou por começar mais modestamente a desenvolver pilotos, nomeando apenas um piloto de reserva para começar.

Wehrlein, Ocon e Russell

O primeiro contemplado com a tarefa de ser piloto de testes da Mercedes foi o alemão Pascal Wehrlein. Com uma propensão para conseguir ficar nas primeiras posições dos campeonatos por onde passava logo no primeiro ano, Wehrlein foi vice-campeão de Fórmula 3 e fez uma aprendizagem muito rápida do DTM, tornando-se em 2015 o mais jovem campeão da categoria.

A promoção para a Fórmula 1 era cada vez mais necessária. Sem espaço nas equipas que fornecia na F1, Williams e Force India, a Mercedes optou por fornecer a mais jovem equipa do grid, a Manor. A estrutura britânica tinha-se safo de falência por um triz no ano anterior e tentava reestruturar-se, aceitando de bom grado assinar um rápido piloto a troco dos melhores motores do grid.

Wehrlein dominou o colega de equipa Haryanto e conseguiu inclusive pontuar de maneira brilhante no GP da Áustria. Após a pausa de Verão veio uma notícia de que o alemão não terá gostado: Haryanto seria substituído por Esteban Ocon.

Ocon foi a segunda contratação da Mercedes para o seu leque de pilotos jovens. O francês tinha também um historial de vencer competições logo de caras. Venceu a Fórmula 3 em 2014 e a GP3 em 2015. Durante o ano de 2016 a Mercedes optou por retirá-lo da sua estrutura de DTM e colocá-lo na Manor onde poderia ser comparado com Wehrlein. Após a estreia de Ocon, o melhor resultado Manor foi o 12º lugar do francês em Interlagos.

Para 2017, dois desenvolvimentos alteraram os planos da Mercedes: a Force India estava disposta a acolher um jovem Mercedes; e a Manor desapareceu do grid. Segundo consta, os alemães deixaram os indianos escolher qual dos dois pilotos queriam. A Force India escolheu Ocon.

Como membro mais sénior do programa, Wehrlein acabava de ser preterido. Curiosamente, não era a velocidade do piloto a razão da rejeição. Antes fosse. A Force India deu a entender que não gostara do caráter de Wehrlein, que não acreditava ser fácil trabalhar com ele. À pressa, e sem ponderar a hipótese de resgatar a Manor e fazer dela uma equipa B, a Mercedes arranjou um espaço na Sauber (com motores Ferrari) para Wehrlein se refugiar.

Novamente, Wehrlein conseguiu pontuar quando era quase impossível. Deu à Sauber 5 pontos, o que foi notável considerando que era o pior carro do grid. Na Force India, Ocon aprendia com o experiente Sérgio Pérez (apesar de alguns incidentes com o mexicano), aproveitando o bom ritmo do carro para mostrar o seu talento.

2017 chegou com o anúncio surpresa da saída do campeão Rosberg. Abria-se uma vaga na Mercedes.

Toto Wolff, líder da equipa alemã, optou por deixar Ocon mais um ano na Force India, acreditando que uma aprendizagem mais prolongada lhe faria bem. Sobrava Wehrlein. Agastado por 3 anos de rivalidade ferrenha entre Rosberg e Hamilton, Wolff queria alguém de convivência mais fácil. Contratou um piloto de que era manager, Valtteri Bottas, à Williams. Novamente preterido, Wehrlein viu a Mercedes nem estar sequer disposta a continuar a pagar a uma equipa sem motores Mercedes, terminando o acordo com a Sauber, que preferiu o dinheiro que Marcus Ericsson trazia.

Sem espaço, Wehrlein ficou como piloto de testes da equipa principal e voltou ao DTM, mas as sementes de discórdia estavam lançadas. Para 2019, o alemão assinou para ser piloto de testes Ferrari, sem dúvida para trazer segredos Mercedes, e passou para a Fórmula E com a Mahindra. Na primeira corrida, ainda em 2018, não pôde participar: a Mercedes fez uso do facto de Wehrlein ainda estar sob contrato Mercedes até 31 Dezembro. O divórcio não foi simpático.

A travessia de Ocon na Force India também trouxe más notícias. A equipa não chegou ao fim de 2018 sem ter que ser salva financeiramente pelo milionário Lawrence Stroll. Para 2019, Stroll colocaria o filho Lance como piloto. No momento de escolher entre os apoios mexicanos de Sérgio Pérez e o jovem da academia Mercedes, Stroll escolheu Pérez. Sem equipa por nova falta de comprometimento, Wolff ainda tentou negociar com a Renault, mas a contratação de Daniel Ricciardo obrigou Ocon a ser piloto de testes Mercedes, tal como Wehrlein antes dele.

Ao contrário de Wehrlein, Ocon soube ser o “bom aluno”, pacientemente esperando por Wolff lhe arranjar uma alternativa. E Wolff conseguiu, conseguindo colocar para 2020 o piloto na Renault ao lado de Ricciardo. Com um ano fora, o francês tem estado a sofrer com a paragem e terá de melhorar um pouco em 2021, quando terá Fernando Alonso como colega de equipa. Ainda e sempre, com um olho na possível vaga Mercedes de 2022.

Tal como George Russell. A terceira contratação do programa de jovens da Mercedes é, talvez, a mais impressionante. Russell tem feito uma carreira meteórica (pilotos como Lando Norris descrevem-no como “o” piloto a manter debaixo de olho quando subiam juntos os escalões) que, por ironia, só enfrentou dificuldades agora na Fórmula 1, não necessariamente por culpa própria.

Campeão de F4 britânica e primeiro piloto desde Lewis Hamilton a vencer Fórmula 3 e Fórmula 2/GP2 na primeira tentativa e em anos consecutivos, Russell soube aprender com os exemplos de Ocon e Wehrlein e não esperou pela Mercedes para tentar garantir a sua vaga. Abordando a Williams, uma das equipas clientes da Mercedes, Russell fez uma agora famosa apresentação sobre como era o elemento ideal para integrar a equipa. Impressionada, Claire Williams assinou-o num contrato de vários anos a começar em 2019.

Com a atual pior equipa do grid, Russell tem penado nas últimas posições, estando ainda a aguardar para pontuar pela primeira vez na categoria. Mostrando uma maturidade maior que os seus 22 anos indicariam, Russell, habituado a vencer, adaptou-se, não se deixou abater e tem sido o líder da equipa que se tenta reerguer. Os rasgados elogios de Wolff e do paddock em geral têm sido uma boa indicação sobre a potencialidade de vir a ser o sucessor de Hamilton na Mercedes.

No entanto, com a venda da Williams, chegou a estar numa situação muito delicada para 2021, apenas esclarecida neste passado fim-de-semana. Apesar do contrato, a Williams terá tido conversas com Sérgio Pérez, atraída pelo piloto sem contrato e os seus apoios. No GP da Emilia Romagna, o chefe Simon Roberts esclareceu que Russell será piloto Williams.

Falta de apoio crónica

Analisando o percurso dos apoios da Mercedes a jovens pilotos há algumas falhas críticas que sobressaem. Se antes o problema era a incapacidade de pilotos manterem um nível elevado, atualmente tem sido a Mercedes quem deixa a desejar como parceiro neste relacionamento.

Sem nenhuma vontade de seguir o exemplo de Ferrari ou Red Bull e comprar ou chegar a acordo com outras equipas para servirem de base de apoio para os seus pilotos, a Mercedes tem estado à mercê da boa vontade e condições financeiras das equipas com que chega a acordo para correr pilotos. Pior, tem mostrado pouca determinação em abrir os cordões à bolsa nos momentos críticos em que poderiam ser a salvação dos seus pilotos.

Na semana antes da confirmação de Russell, Wolff lavava as mãos da situação referindo que não estava nas mãos da Mercedes a permanência do inglês na Williams. Ocon teve pior sorte na situação Force India. Tendo em conta o estreitamento de laços atual entre as duas equipas, é difícil de não olhar para a recusar em fazer mais por Ocon como uma oportunidade perdida. Com mais experiência de competição, quem sabe se o francês não estaria agora numa posição melhor para assumir o lugar de Valtteri Bottas (para o qual chegou a ser considerado para este ano). Resta ainda ver as lealdades de Ocon se a Renault subir de forma. O menos dito sobre Wehrlein, melhor.

Com uma dupla de pilotos com 35 e 31 anos, e Wolff em dúvida para a renovação como chefe de equipa, a Mercedes tem vindo a focar-se sobre o seu futuro na categoria. Um maior envolvimento da marca AMG está nas cartas para o futuro próximo e a compra de 20% da Aston Martin dão indicações sobre que género de planos a marca alemã traça. O momento de definir a sua estratégia a nível de pilotos também.

É preciso fazer mais, muito mais para proteger os seus pilotos jovens.

Até a Red Bull, e a sua guilhotina sempre pronta para ceifar pilotos que não estejam no seu melhor, se pode considerar como tendo feito mais pelo seu programa de jovens (desde ter uma equipa B para eles, até estar preparada para fazer subir e descer pilotos da equipa principal). A McLaren tem promovido os estreantes Magnussen, Vandoorne e Norris. A Ferrari lançou nos últimos anos Leclerc (que chegou à equipa principal), Giovinazzi e, provavelmente, Mick Schumacher.

Pelo momento, Ocon e Russell cotinuam a sua aprendizagem na Fórmula 1 de olho numa vaga no cobiçado Mercedes. Resta ver se, caso outras ofertas surjam, os pilotos terão lealdade para com a marca que tem tão indiferentemente gerido as suas carreiras.

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Fontes:
Drive Tribe (Paul Gawne) \ Why Pascal Wehrlein Won’t Achieve
Essentially Sports \ Ocon Close to Replacing Bottas
Joe Saward \ Sequels
Motor 24 \ Sauber-Mercedes
Planet F1 \ Ocon Renault Recall
Race Fans \ Schumacher, the Mercedes Years
Speed Hunters \ Retrospective Schumacher-Mercedes
Sky Sports \ Williams Confirms Russell
CNN \ Aston Martin and Daimler