Depois de uma temporada renhida e cheia de histórias como a de 2021, seria sempre difícil fazer melhor para o ano seguinte. Apesar de tudo, era grande a expectativa para um 2022 imprevisível com regulamentos aerodinâmicos completamente modificados. O resultado final pode ser definido como misto, com tendência para o positivo.
Em primeiro lugar, as ultrapassagens melhoraram em 25% face a 2021, precisamente o ponto em que as novas regras queriam tocar. Como bónus, as equipas do meio da tabela estiveram mais próximas que nunca, com até os últimos classificados (Williams) a conseguirem pontuar em diversas ocasiões. Já a margem que Red Bull, Ferrari e Mercedes tinham em mão na maioria das corridas para as restantes 7 foi preocupante, ainda que não tão terrível quanto já foi.

O teto orçamental, ativo desde o início de 2021, teve a sua primeira avaliação este ano e não foi de todo uma experiência tão confortável quanto a FIA teria gostado. O incumprimento da Red Bull (e cumprimento desde restantes 9 estruturas) foi um sério teste à determinação da FIA em garantir a sustentabilidade financeira das equipas e a organização conseguiu ser moderadamente bem-sucedida com o castigo aplicado (perda de 25% do tempo de túnel de vento e $7 milhões de multa).
Ainda assim, para uma equipa que esteve no topo durante a maioria do ano, a Red Bull nem teve um final de ano feliz. O desentendimento das ordens de equipa para proteger Sergio Pérez no Brasil ativaram uma acrimónia que se pensava inexistente e, no final, o mexicano realmente perdeu o vice-campeonato.
Para Max Verstappen, no entanto, nada mais importou. Foram 15 vitórias em 22 corridas (mais 2 para Pérez), um recorde absoluto, e nem sequer foi num ano em que tenha tido a maioria das pole positions. As ocasiões em que o holandês fez uso do seu motor Honda (ou antes, Red Bull PowerTrains) para ultrapassar diversos rivais a caminho da vitória foram várias.
Charles Leclerc terminou com o maior número de poles do ano, expondo uma constante da temporada dos italianos: excelente ritmo de qualificação, mas decisões estratégicas terríveis e ritmo de corrida inferior. Tudo isto viu a equipa desperdiçar o seu excelente início de temporada e perder um campeonato em que as suas 4 vitórias souberam a pouco. A insistência de Mattia Binotto em que nada estava errado na estrutura podem (e devem) ditar o seu fim ao comando da Scuderia.
Já a Mercedes teve um ano de pesadelo para quem queria acertar com as novas regras. O W13 foi um monolugar que destruiu a coluna dos seus pilotos com os constantes saltitões que fazia em reta (porpoising) e simplesmente não tinha o ritmo para as suas rivais (com exceção de situações excepcionais como o GP do Brasil em que venceram a sua única corrida do ano).

Para a Alpine o ano deveria ter sido calmo mas não foi isso que sucedeu, com abandonos múltiplos devido a problemas de motor (por um esforço de performance que ainda poderá dar dividendos em 2023), incidentes evitáveis entre Esteban Ocon e Fernando Alonso, e uma gestão incompetente das situações contratuais de Alonso e Oscar Piastri (perdendo-os para a Aston Martin e McLaren, respetivamente). Ainda assim, o carro era forte o suficiente para garantir o 4º lugar nos construtores, na frente de uma McLaren com um carro temperamental e a “jogar” só com um piloto devido ao ritmo insuficiente de Daniel Ricciardo pelo segundo ano seguido (valendo-lhe a rescisão em favor de Piastri).
Atrás ficaram duas equipas empatadas em pontos para 6º e com anos totalmente diferentes. A Alfa Romeo começou muito bem o ano, aproveitando um rejuvenescido Valtteri Bottas e um Guanyu Zhou competente o suficiente para merecer a renovação, mas perderam a corrida do desenvolvimento. A Aston Martin, que errou por completo o projeto inicial, foi-se recuperando a olhos vistos ao longo do ano, beneficiando de um Sebastian Vettel em grande forma nas suas provas finais.
Na fuga ao último lugar a Williams acabou por ser a sacrificada, tendo também falhado o seu projeto inicial mas não tendo as infraestruturas de uma Mercedes ou Aston Martin para recuperar tão depressa. Isto deixou Haas e AlphaTauri em luta para 7º, com a primeira a levar a melhor mas menos por mérito próprio e mais pelo ano pouco inspirado da segunda.
Com Pierre Gasly a querer voos mais altos, a AlphaTauri esteve com uma liderança menos inspirada que em anos anteriores (e com Yuki Tsunoda a ainda não ter “explodido” como se esperava). Já Kevin Magnussen substituiu Nikita Mazepin à última hora e deu a maioria dos pontos à Haas, que não viu em Mick Schumacher a consistência necessária para justificar a sua manutenção. No final, venceu a Haas por margem mínima este pequeno duelo.
1 – Max Verstappen

Em qualquer ponto da temporada após o GP de Espanha era claro que só havia um candidato para a posição de piloto do ano: Max Verstappen. Tendo tido o seu momento baixo do ano após os 3 primeiros GPs, quando teve 2 abandonos por problemas mecânicos, Verstappen não se deixou abater pela distância para a Ferrari e simplesmente eliminou os erros da sua condução.
Esta forma incrível do campeão em título começou a ver as distâncias encurtarem para Charles Leclerc a um ritmo vertiginoso. Quando um cocktail explosivo de erros de piloto, de equipa e falhas mecânicas arrasou a Ferrari, um título antecipado tornou-se uma realidade porque Verstappen pura e simplesmente colheu os louros da vitória em 9 das 12 provas seguintes…
Houve vários exemplos do holandês vários furos acima dos rivais ao longo de 2022, mas o mais contundente foi mesmo em Spa-Francorchamps: perante vários compatriotas Verstappen fez pole position por mais de meio segundo e, quando teve de partir de 14º por troca de componentes de motor, recuperou posições atrás de posições sem circunstâncias excepcionais até triunfar com mais de 17 segundos sobre o colega de equipa (que partira em 2º)…
O bi-campeonato chegou com naturalidade e, se os rivais não subirem de nível, não ficará por aqui. Precisa é de gerir melhor a sua imagem, como se viu pela confusão de Interlagos com o colega de equipa.
2 – Fernando Alonso

Grande protagonista do maior momento da silly season, Fernando Alonso provou ser ainda um dos maiores disruptores da categoria (dentro e fora das pistas). As negociações fracassadas com a Alpine tiveram tanto de malícia de Alonso no momento de “abandonar navio” quanto de falta de atenção da equipa, mas o resultado foi o piloto mais eficaz da Alpine ser aquele que estava a caminho da porta de saída…
Alonso teve uma mão cheia de azar durante as primeiras provas do ano (mecânica, erros de estratégia,…), o que permitiu ao colega de equipa fugir no campeonato. Para piorar, Esteban Ocon permaneceu regular o ano todo, o que obrigou Alonso a terminar constantemente à frente do francês para ter a hipótese de o apanhar. E foi precisamente isso que o espanhol fez, deixando Ocon crescentemente frustrado à medida que o fim da época se aproximava.
Mesmo prestes a abandonar, Alonso galvanizou a equipa para a luta com a McLaren, parecendo tirar especial gozo de terminar na frente dos carros britânicos. Houve ainda espaço para performances como o Alonso de outros tempos, desde um 2º e 3º em qualificação (Montreal e Spa) até à maneira como permitiu a aproximação de Norris em Paul Ricard para lhe aumentar o desgaste de pneus.
Só resta ver se os talentos do piloto não estarão desperdiçados em 2023 num Aston Martin de ritmo desconhecido…
3 – Charles Leclerc

O sonho da maioria dos fãs da Ferrari era que o campeonato tivesse terminado a 10 de Abril. Logo após a terceira ronda do ano, o GP da Austrália, Charles Leclerc liderava o campeonato com 2 vitórias em 3, um 2º lugar e 34 pontos de vantagem. Verstappen abandonou duas das três corridas iniciais com problemas mecânicos e Leclerc estava infalível. Nada poderia correr mal. Até tudo ter começado a correr mal.
Depois veio o primeiro erro do ano, um ligeiro despiste em Imola. Não ideal mas sem grandes estragos. Só que depois chegaram dois abandonos quando liderava em Baku e Barcelona, antes da Scuderia destruir a estratégia de Leclerc na sua prova caseira do Mónaco e transformar uma vitória quase certa num 4º lugar. 5 provas depois de estar 34 pontos na frente, Leclerc ficou a 34 de distância.
Se é verdade que a equipa sabotou ambos os seus pilotos em 2022 com estratégias horríveis e decisões patéticas ao longo do ano (não esquecendo fiabilidade horrenda), Leclerc cometeu o erro mais crítico da sua carreira quando abandonou da liderança do GP de França, sem pressão sobre si, com um despiste contra os muros.
Mas o ano do monegasco foi muito mais do que isso. O piloto somou 9 poles em 2022, parecendo sempre capaz de ameaçar Verstappen em qualificação (um feito notável). Apenas um carro com péssimo ritmo de corrida o fazia cair nas provas. Nas primeiras provas do ano bateu-se contra o campeão do mundo de igual para igual, sem incidentes mas sempre com agressividade, não se deixando intimidar. Com uma Ferrari mais competente atrás de si, poderá concretizar o seu potencial total em 2023.
4 – George Russell
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Nem nas suas melhores previsões poderia George Russell ter previsto um início de temporada face ao heptacampeão Hamilton tão bom quanto o que realizou. O “senhor do Top 5”, tal como o nome indica, não chegou a terminar fora dos 5 primeiros até ao seu abandono no GP do Reino Unido. As humilhações de início do ano que impôs a Hamilton, quando parecia domar o difícil W13 com mais facilidade, deram-lhe muito crédito junto da equipa e distinguiram-no do predecessor Valtteri Bottas.
Foram 5 pódios até à pausa de Verão, mas uma tendência começava a ficar aparente: Russell envolvia-se em alguns incidentes a mais com os seus rivais. O perigoso incidente com Zhou em Silverstone (quando foi verificar o estado do piloto Alfa Romeo), a eliminação de Pérez em Spielberg,…
Tudo isto culminou numa segunda metade de ano em que viu Hamilton assumir o ascendente dentro da equipa e de os incidentes começarem a acumular ainda mais, retirando algum do brilho que a sua temporada parecera ter. Mas depois chegou o GP do Brasil, e Russell foi perfeito no sprint e em corrida, segurando os ataques de Hamilton para vencer pela primeira vez na F1.
A ausência de um carro ao nível habitual da Mercedes certamente terá frustrado o jovem piloto, mas a verdade é que nem todos teriam conseguido bater Hamilton da forma que Russell conseguiu. Com ou sem descida de forma, Russell poderá ter muito a dizer quanto à ideia de Toto Wolff em continuar a tratar Hamilton como primeiro piloto indiscutível.
5 – Lando Norris

Se foi sequer possível à McLaren estar metida na luta pelo 4º lugar nos construtores, tudo deve a Lando Norris. Com muito menos competitividade que o carro do ano anterior, o McLaren de 2022 pregou um valente susto aos pilotos quando parecia incapaz de sair do Q1 sem dificuldade no Bahrain, mas rapidamente se compreendeu que, apesar de longe do ideal, o monolugar tinha apenas experimentado dificuldades de setup.
Norris assumiu os comandos da equipa britânica com uma facilidade que ditou o final antecipado da carreira de Daniel Ricciardo, parecendo capaz de amealhar pontos com uma regularidade que deixou os chefes da Alpine nervosos (até porque os seus pilotos se envolviam em incidentes com frequência). Foram 17 pontuações em 22 provas, sendo que dois abandonos sem culpa própria sucederam.
A honra de ter sido o único carro fora das três primeiras equipas a atingir o pódio (Imola) também não foi nenhuma coincidência. A sua posição mais usual este ano, não por coincidência, foi 7º (seis vezes).
Norris esteve num excelente nível durante todo o ano, deixando claro que é da McLaren que se terá que esperar mais em 2023, sob pena do seu talismã rumar a paragens mais acima na grelha (Mercedes e Red Bull bem se têm esforçado por convencer o inglês a mudar de ambiente…).
6 – Lewis Hamilton

Se todos esperavam uma resposta de titã da parte da Mercedes após aquilo que esta pareceu tratar como uma injustiça em 2021, as expectativas foram completamente goradas: o Mercedes W13 tornou-se conhecido como o primeiro carro da equipa a falhar a obtenção de uma vitória desde 2011, levando Lewis Hamilton a perder o seu recorde de vitórias em todas as suas temporadas.
Com a agravante de que durante a primeira metade do ano pareceu estar completamente perdido sobre o funcionamento do seu carro, a ponto de George Russell ter levado a melhor sobre o colega durante a primeira metade do ano com frequência, e de se verem cenas tão caricatas quanto a de Hamilton a terminar em Imola em 13º sem entender como.
O que quer que o 7 vezes campeão do mundo tenha feito na pausa de Verão, no entanto, surtiu efeito. Hamilton chegou a fazer 5 pódios consecutivos a certa altura, antes de um erro pouco comum em Spa. Independentemente disso, começou a fazer parecer cada vez mais fácil deixar Russell um passo atrás, encurtando a distância para o colega no campeonato.
Quase triunfando em Austin, quando Verstappen fez uso da velocidade de ponta do seu motor Honda para o passar nas voltas finais, Hamilton pareceu conseguir transformar a sua frustração em entusiasmo pela condução e pela F1 em geral, falando-se inclusive de uma renovação para os próximos anos (quando antes parecia interessado em reformar-se). Se a Mercedes acertar com o carro de 2023, terá muito a dizer na luta pelo título.
7 – Sergio Pérez

Indiscutivelmente, Sergio Pérez cumpriu exatamente aquilo que a Red Bull esperava dele para 2022: nunca andou demasiado longe de Verstappen, o que lhe permitiu ser um aborrecimento para as estratégias das rivais Mercedes e Ferrari em corrida.
Até ao 8º GP do ano, o mexicano fez até mais do que a equipa estaria à espera, capitalizando nas oportunidades o melhor possível a ponto de ter triunfado no GP do Mónaco, ter chegado a estar a 15 pontos da liderança do mundial e de ter levantado um coro de críticas à Red Bull em seu favor quando foi forçado a ceder a liderança em Espanha.
Só que uma falha mecânica no Canadá e uma eliminação pelas mãos de George Russell na Áustria levaram-no a começar a perder o comboio do título, juntando-se a isto o facto de, tal como já vinha a avisar várias provas antes, ter começado a sentir que o desenvolvimento do RB18 estava pender crescentemente para o estilo de condução de Verstappen e não o seu.
Ainda assim, lançou as bases para uma incorporação cada vez mais homogénea na estrutura de Milton Keynes, mostrando um ritmo impressionante que ainda o chegou a elevar a mais uma vitória (em Singapura), quando teve que segurar o Ferrari de Leclerc sem cometer um único erro. Só a situação de Interlagos pareceu deixar uma nuvem no ar para o próximo ano.
Se quiser ter mais a dizer para o título precisa de ser uma ameaça bem mais presente nos espelhos de Verstappen.
8 – Sebastian Vettel

Quando no início do ano se começou a falar sobre o facto de que duas equipas teriam tomado uma decisão completamente errada sobre as novas regras, e de que a Aston Martin seria uma delas, muito se temeu por Sebastian Vettel. Afastado das duas primeiras provas devido a testar positivo a Covid, Vettel ficou de casa a ver os Aston falharem a qualificação para o Q2 no Bahrain e Arábia Saudita.
Apesar do paddock ter ficado na expectativa de ver o alemão desistir perante este cenário, o piloto pareceu tirar um certo prazer em exceder o pouco competitivo material. Foi um Q3 e um 8º lugar em Imola, segurando carros mais lentos; foi um incrível 6º lugar em Baku quando o colega Lance Stroll se afundava na classificação; uma sequência de audaciosas ultrapassagens em Austin, com direito a uma na última volta sobre Kevin Magnussen.
No total foram pontuações em quase metade das provas, com um carro que parecia incapaz de semelhante feito, parecendo ganhar um brilho do antigo Vettel a cada prova em que se aproximava mais do momento de se reformar no final do ano, deixando no ar a dúvida sobre se teria decidido sair caso o seu Aston estivesse com o ritmo com que já parecia estar no final da temporada.
Para o registo, voltou a facilmente arrumar Stroll a um canto sem grandes peripécias para além de um incidente no GP de França em que o canadiano foi particularmente agressivo.
9 – Carlos Sainz

É difícil de dizer se os erros constantes da Ferrari foram uma notícia inteiramente desagradável para Carlos Sainz. O espanhol começou o ano com menos ritmo que o colega Leclerc e cometeu dois erros crassos na Austrália e Imola que o viram abandonar com o carro preso na gravilha. Logo aí o piloto ter-se-ia visto a ter que servir de segundo piloto ao colega, mas a maneira como Leclerc se viu fora de combate em diversas corridas deixou Sainz com margem para voltar a pôr a sua temporada nos carris.
Tendo percebido muito antes de Leclerc que era essencial discordar das opções estratégicas da Ferrari quando as ocasiões o exigiam, Sainz conseguiu arrancar um pódio no Mónaco ao aperceber-se da oportunidade de passar de pneus de chuva a secos antes da Ferrari, e a não obediência à ordem de proteger Leclerc após o Safety Car em Inglaterra deu-lhe a oportunidade de vencer pela primeira vez na F1 (numa altura em que estava quase a bater o recorde de mais pódios sem vitória na categoria…).
Apesar de a equipa ter começado a perder a competitividade face à Red Bull na segunda metade do ano, o piloto conseguiu encurtar significativamente a margem para Leclerc, chegando a fazer a segunda pole do ano no México. Tudo isto significa que, apesar de não ter tido o ano dos seus sonhos, conseguiu mostrar à Ferrari que poderá ter algo a dizer no duelo interno caso a equipa corrija os seus erros com o carro de 2023.
10 – Alexander Albon

Que género de Alexander Albon apareceria em 2022 aos comandos de um Williams era um motivo de grande expectativa. Não havendo dúvidas de que despacharia rapidamente o colega Nicholas Latifi (e assim foi), era curioso ver que ritmo teria para ajudar a equipa a pontuar ocasionalmente após ter estado fora de pistas na F1 durante um ano.
A Red Bull elogiara as capacidades de desenvolvimento de carro do tailandês e a Williams bem precisou delas: quando se apercebeu de ter errado o projeto por completo, coube ao piloto orientar o desenvolvimento para uma versão diferente do Williams. Mas até mesmo antes disso já o piloto brilhava: um 10º lugar conquistado a ferros em Melbourne foi uma importante conquista inicial.
Duas corridas depois chegaram dois pontos extra em Miami. Seria preciso esperar até Spa-Francorchamps para voltar a pontuar o seu quarto e final ponto do ano, mas houve espaço para várias provas em que ficou mesmo à beira de pontos e em luta permanente contra rivais bem melhor equipados.
A única pequena sombra foi mesmo que Nyck de Vries ficou em 9º na prova em que substituiu Albon devido a uma apendicite, mas tratava-se de um fim-de-semana em que a Williams sabia ter uma boa performance. Sem integrar a esfera Red Bull em 2023, caber-lhe-á ser líder indiscutível e fiável no próximo ano quando terá a companhia de um estreante Logan Sargeant na equipa.