Os imparáveis Dennis e Wehrlein – ePrix Diriyah 2023

28 01 2023

Fora da etapa de abertura do campeonato pela primeira vez em dois anos, não foi necessário esperar muito após a primeira ronda para que a etapa saudita da época fizesse a sua aparição como ronda dupla. Localizada em Diriyah, nas redondezas da capital Riade, a pista foi a primeira prova noturna da história da FE a partir de 2021, conferindo-lhe um talismã de atração.

Circuito desafiante e com amplas possibilidades de ultrapassagem, Diriyah tem sido utilizado pela Arábia Saudita como parte da sua estratégia de limpeza de imagem internacional através do desporto. Aliás, também presente na grelha de partida a partir desta temporada está a McLaren com o patrocínio da Neom (projeto turístico saudita), como prova deste investimento.

Em termos de ação em pista, esta processa-se num circuito com 2,5 km e 21 curvas, que atravessa uma área com património mundial da UNESCO e que por isso contou com cuidados especiais na idealização do projeto. Alterações adicionais foram introduzidas em 2018.

Sam Bird permanece como o maior vencedor da história deste ePrix (com duas), sendo que os mais recentes vencedores antes da prova eram Nyck de Vries e Edoardo Mortara. Kelvin van der Linde assumiu o lugar de Robin Frijns na ABT Cupra, uma vez que o holandês ainda está a recuperar do seu pulso partido da primeira ronda.

Ronda 2 – ePrix de Diriyah (1) 2023

Numa sexta-feira, e logo com grandes dificuldades para os fãs e assistir ao vivo, verificou-se mais uma vez uma performance absolutamente genial dos carros equipados com motores da Porsche. Jake Dennis (Andretti) e Pascal Wehrlein (Porsche) não chegaram aos quartos de final da qualificação por uma mistura de fatores, mas a maneira incrível como foram ultrapassando a concorrência durante a prova significou que ambos voltaram a terminar entre os dois primeiros (mas agora por ordem inversa, com Wehrlein a triunfar).

O outro Porsche de António Félix da Costa acabou por ser uma das vítimas inocentes de uma travagem brusca de Mitch Evans, ficando sem a asa dianteira e tendo que parar nas boxes.

O pole Sébastien Buemi conseguiu puxar o seu Envision até ao topo da qualificação, mas acabou por não conseguir deixar escapar à justa o pódio, perdendo o 3º lugar para o Jaguar de Sam Bird. Jake Hughes, que Buemi derrotou na final, caiu ainda mais baixo para 8º (atrás do colega McLaren René Rast em 5º).

Já Dan Ticktum, que brilhou nos treinos e qualificação, acabou por não conseguir manter o seu NIO 333 nos pontos, suspeitando-se que a performance de longo curso dos chineses ainda deixa muito a desejar.

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Qualificação: 1. Buemi \ 2. Hughes \ 3. Bird \ 4. Ticktum \ 5. Rast (Ver melhores momentos)

Resultado: 1. Wehrlein \ 2. Dennis \ 3. Bird \ 4. Buemi \ 5. Rast \ 6. Cassidy \ 7. Vergne \ 8. Hughes \ 9. Lotterer \ 10. Evans (Ver melhores momentos)

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Ronda 3 – ePrix de Diriyah (2) 2023

Se a primeira prova de Diriyah tinha trazido uma recuperação de grande nível de Wehrlein e Dennis, a segunda trouxe precisamente a mesmíssima coisa. As unidades motrizes da Porsche somam assim três dobradinhas consecutivas e os dois pilotos prosseguem o seu distanciamento face aos rivais na luta pelo título.

Sam Bird quase que repetiu o pódio de sexta-feira, mas acabou por se quedar por 4º, logo atrás do primeiro pódio da McLaren cortesia de Rast. Já o outro McLaren teve um dia bem mais interessante: Hughes colocou o seu carro em 1º lugar na qualificação, acabando por perder a liderança face à concorrência ao longo da prova antes de perder energia a caminho da reta, perdendo algumas posições extra e inadvertidamente atrasando o Jaguar de Evans (literalmente, preso atrás dele).

Buemi prosseguiu a sua melhoria de forma de 2023, acabando com o seu Envision / Jaguar mesmo na frente do Jaguar de Evans e do Nissan (a sua antiga equipa) de Sasha Fenestraz.

A Maserati conseguiu abrir a sua conta de 2023 finalmente, através de Edoardo Mortara e a NIO 333 fez o mesmo com Dan Ticktum. Já Félix da Costa qualificou-se em 17º e ainda recuperou 6 posições, terminando mesmo à beira de pontos.

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Qualificação: 1. Hughes \ 2. Evans \ 3. Rast \ 4. Buemi \ 5. Wehrlein (Ver melhores momentos)

Resultado: 1. Wehrlein \ 2. Dennis \ 3. Rast \ 4. Bird \ 5. Hughes \ 6. Buemi \ 7. Evans \ 8. Fenestraz \ 9. Mortara \ 10. Ticktum (Ver melhores momentos)

Campeonato: 1. Wehrlein (68) \ 2. Dennis (62) \ 3. Buemi (31) \ 4. Bird (28) \ 5. Hughes (27) —– 1. Andretti (76) \ 2. Porsche (74) \ 3. McLaren (53) \ 4. Envision (41) \ 5. Jaguar (39)

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Propulsores Mercedes triunfam – e-Prix Diriyah 2022

29 01 2022

Correr no país mais associado ao negócio do petróleo sempre foi um dos golpes publicitários favoritos da Fórmula E. Dificilmente a categoria teria previsto a importância que a realização da prova teria para os seus calendários severamente limitados pelos e-Prix cancelados devido à pandemia. Se bem que a própria Fórmula E provavelmente não estaria a contar com o agudizar das críticas da comunidade internacional ao país do Médio Oriente, apesar de as pressões se terem concentrado na F1 ao invés da FE.

O local onde os carros elétricos têm competido desde o primeiro e-Prix em 2018 situa-se nos arredores da capital da Arábia Saudita, Riade. Zona de património da Humanidade, Diriyah tem, regra geral, sido elogiado como um circuito desafiante e com bons espaços para ultrapassagens ao longo das suas 21 curvas. De momento, Sam Bird é o único piloto com mais do que 1 vitória em território saudita (a última somada na anterior edição).

A chegada a Diriyah de 2022 é feita sob circunstâncias bem diferentes das de 2021. Há um ano a Fórmula E chegava para inaugurar a sua temporada num fim-de-semana em que deveria já ter estado na sua segunda prova do ano (a primeira foi cancelada) e era ainda incerto por onde andaria a categoria no resto do ano. Desta vez tudo parece mais assente, num ano em que Alejandro Agag estará bem desejoso de ver o seu desporto de volta ao tempo de crescimento imparável.

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Ronda 1 – e-Prix de Diriyah (1) 2022

A primeira grande boa notícia trazida pelo primeiro e-Prix do ano foi mesmo que o sistema de qualificação estreado funciona muito bem nos objetivos a que se propôs. Os fãs apreciaram o sistema de eliminação a lembrar a volta única da F1 em 2005, e as equipas têm uma maior estabilidade de performances fim-de-semana a fim-de-semana com que trabalhar.

A segunda boa notícia foi a boa performance das equipas privadas, apesar dos abandonos das suas fornecedoras de motores. Assim, o abandono da Audi não impediu a Envision de ver Nick Cassidy e Robin Frijns lutarem pelos pontos, e o abandono da BMW não impediu a Andretti de conseguir colocar Jake Dennis uma corrida inteira na perseguição da vitória.

Dennis foi mesmo a única concorrência digna de nome à Mercedes na primeira prova, sendo que ter tido o azar de ficar várias voltas atrás do errático André Lotterer provavelmente lhe custou uma possibilidade de ascender mais alto no pódio.

Já azar dos grandes saiu mais uma vez a Stoffel Vandoorne. O pole position partiu bem e foi seguido pelo colega de equipa da Mercedes, Nyck de Vries, quando, no momento de ativação do segundo Attack Mode, não acertou por completo nos pontos de deteção, custando-lhe a posição e vitória para o campeão de Vries.

Mais atrás, Oliver Rowland desentendeu-se com Frijns (abandono no muro para o primeiro, penalização pós-corrida para o segundo), Sam Bird ficou sem energia na linha mas ainda conseguiu segurar o 4º lugar contra Lucas di Grassi (numa ótima estreia pela Venturi), António Félix da Costa não conseguiu durar mais que uma volta, e os estreantes sofreram para ganhar ritmo (se bem que Askew ainda conseguiu somar dois pontinhos).

De destacar que em Portugal, no canal aberto, a Eurosport acabaria por não mostrar a qualificação como referira na sua programação, continuando a mostrar um jogo de snooker.

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Resultado: 1. de Vries \ 2. Vandoorne \ 3. Dennis \ 4. Bird \ 5. di Grassi \ 6. Mortara \ 7. Cassidy \ 8. Vergne \ 9. Askew \ 10. Evans (Ver melhores momentos)

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Ronda 2 – e-Prix de Diriyah (2) 2022

Se haviam medos de domínio Mercedes após a primeira prova, a segunda tratou de retirar em certa medida essa preocupação. Pelo menos a equipa cliente da Mercedes está disponível para se opor.

Com o campeão de 2016-17, di Grassi, a complementar o rapidíssimo Edoardo Mortara, a Venturi assumiu a iniciativa durante a segunda corrida de Diriyah, sempre a atacar o pole de Vries no seu Mercedes oficial (com o “intruso” Frijns pelo meio). Uma ultrapassagem musculada de di Grassi a de Vries durante um Attack Mode ajudou muito Mortara a assumir a liderança, que não voltou a largar até ao final da corrida atrás de Safety Car.

De Vries acabaria atirado para o fim dos lugares pontuáveis por contacto de Jean-Éric Vergne durante a ultrapassagem do francês no ponto mais crítico do circuito (Curvas 18 e 19), enquanto que Frijns aproveitou uma distração do segundo Venturi de di Grassi para ascender ao 2º lugar. Lotterer conseguiu ser agressivo sem passar o limite e foi o mais eficaz dos dois Porsche, sempre seguido de perto por Vergne e Dennis na tentativa de alcançar os 4 primeiros classificados.

Félix da Costa deixou muito a desejar, caíndo várias posições no início e parecendo algo apático ao longo da corrida (especialmente em comparação com o colega da Techeetah).

O SC acabaria por causar alguma confusão às equipas, devido à nova regra de energia durante esses períodos de interrupção. Alexander Sims bateu no muro e foi resgatado (devagar e com carros a circular bem perto) por uma grua móvel. Este ano por cada minuto de SC, eram acrescentados 45 segundos à prova (em vez de retirar energia). Só que existe uma exceção para os 3 minutos finais de prova. Ora, como o SC começou antes desses 3 minutos, os construtores ficaram em dúvido sobre o procedimento (que acabou por ser retirado durante a última volta, não permitindo mais competição).

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Resultado: 1. Mortara \ 2. Frijns \ 3. di Grassi \ 4. Lotterer \ 5. Dennis \ 6. Vergne \ 7. Vandoorne \ 8. Rowland \ 9. Wehrlein \ 10. de Vries (Ver melhores momentos)

Campeonato: 1. Mortara (33) \ 2. de Vries (29) \ 3. Vandoorne (28) \ 4. di Grassi (25) \ 5. Dennis (25) —– 1. Venturi (58) \ 2. Mercedes (57) \ 3. Andretti (27) \ 4. Envision (25) \ 5. Porsche (14)

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Toques, falhas e emoção – e-Prix Diriyah 2021

27 02 2021

Apesar da confiança da FIA ao anunciar os calendários de Fórmula 1 e Fórmula E para 2021 como se conseguissem escapar incólumes aos adiamentos e cancelamentos que fustigaram as provas de 2020, foi necessário reorganizar com alguma severidade (pelo menos) as primeiras provas das categorias que programaram a abertura das suas temporadas para os primeiros meses do ano.

Atirado para a condição de prova inaugural pelo cancelamento do e-Prix de Santiago, a pista de Diriyah aproveitou a ocasião para se tornar a primeira prova noturna dos 7 anos da categoria elétrica. Sediado pela primeira vez em 2018 (com uma vitória de António Félix da Costa com a BMW Andretti), o e-Prix fez parte de um acordo de 10 anos da FAAS (Federação Automobilismo da Arábia Saudita) com a Fórmula E e marca uma tendência dos últimos anos do país em utilizar o automobilismo como publicidade positiva para o país, sempre fustigado com acusações de desrespeito de direitos humanos.

A pista citadina de Diriyah fica próxima da capital do país, Riade, e tem 2,5 km e 21 curvas. Atravessando a zona histórica, o traçado foi melhorado para cumprir os critérios da FIA para a qualidade do asfalto em colaboração com a UNESCO, por a área se tratar de Património Mundial. Pequenas alterações no perfil de várias curvas foram feitas após a primeira corrida de 2018.

Ronda 1 – e-Prix Diriyah (1) 2021

Não se contentando em dominar a Fórmula 1, a Mercedes mostrou que veio para triunfar também na Fórmula E. Se a última temporada já tinha demonstrado a excelente evolução da equipa que apenas foi fundada em 2018, 2021 mostrou uns flechas de prata como a referência do grid com o tempo mais rápido de todas as sessões da primeira ronda em Diriyah.

Nyck de Vries, campeão da Fórmula 2 em 2018, começou o seu segundo ano na categoria como o mais rápido de todas as sessões de sexta-feira e durante a prova apenas esteve sob ataque durante algumas voltas contra Pascal Wehrlein. De resto, nem dois Safety Car conseguiram incomodar o holandês que venceu um e-Prix pela primeira vez. O colega de equipa, Stoffel Vandoorne, teve problemas na qualificação mas fez uma ótima recuperação de 15º até 8º com direito à volta mais rápida da corrida.

Falando de recuperações, o campeão em título, António Félix da Costa, viu a Techeetah mostrar falta de andamento ao longo do fim-de-semana mas soube aproveitar a confusão à sua frente para recuperar de 18º até 11º, mesmo à beira dos pontos. Lucas di Grassi também fez uma recuperação similar, saltando de 16º até 8º, conseguindo ainda pontuar. A somar pontos importantes na prova encontraram-se também os ingleses Alexander Sims (pela sua nova equipa Mahindra) e Oliver Turvey (que já colocou a NIO num ano melhor que o passado, em que os chineses nem pontuaram).

Duas equipas que saíram da Ronda 1 provavelmente satisfeitas serão a Venturi e a Jaguar. A Venturi viu, mais uma vez, Edoardo Mortara a mostrar todo o seu talento e a colocar os carros monegascos nos lugares cimeiros, com direito a uma excelente ultrapassagem a Mitch Evans e Wehrlein. O pódio foi mais uma conquista do suíço que já merecia melhor equipamento. Já a Jaguar viu-se finalmente com dois pilotos capazes de extrair o melhor dos monolugares ingleses. Evans completou o pódio atrás de Mortara, enquanto que Sam Bird teria terminado logo atrás não tivesse visto Alex Lynn fechar-lhe a porta quando o tentava ultrapassar, num incidente que provocou o primeiro SC.

O incidente que provocou o segundo SC acabou por ser Maximilian Günther a destruir o seu BMW contra o muro numa das secções rápidas da pista. Circulando nos pontos na altura, Günther acabou com as hipóteses da equipa poder terminar com pontos da primeira prova. De resto, vale a pena destacar a inteligente e consistente prova de René Rast no seu Audi, o ótima qualificação e corrida razoável de Wehrlein na sua estreia pela Porsche (que está apenas na sua segunda temporada na categoria) e Oliver Rowland, que tem mostrado nas suas temporadas pela Nissan a capacidade de acumular pontos quando o carro não está no seu melhor (ganhando reputação separadamente a ser colega do campeão Buemi).

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Resultado: 1. de Vries \ 2. Mortara \ 3. Evans \ 4. Rast \ 5. Wehrlein \ 6. Rowland \ 7. Sims \ 8. Vandoorne \ 9. di Grassi \ 10. Turvey (Ver melhores momentos)

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Ronda 2 – e-Prix Diriyah (2) 2021

Se a Ronda 1 tinha corrido de feição à Mercedes, a Ronda 2 trouxe grandes dissabores. Começou tudo nos treinos livres quando Edoardo Mortara teve um forte acidente e foi levado por precaução para o hospital. A Mercedes, em coordenação com a FIA, mandou retirar os seus carros (e da Venturi) da sessão de qualificação. Depois da Mercedes ter identificado uma falha num sistema de segurança, responsável por bloquear as rodas traseiras em caso os travões dianteiros não funcionarem, a equipa fez as alterações necessárias para correr, ainda que dos últimos lugares. Mortara acabou por não poder correr, não por incapacidade física (apesar de se ter queixado de dores), mas por a Venturi não ter conseguido reparar o seu carro a tempo.

Houve também espaço para mais incidentes estranhos na prova de Sábado, o maior dos quais a ser o que não foi mostrado pelas câmaras. O estado de saúde de Alex Lynn foi incerto durante algum tempo, até a Mahindra partilhar que o piloto estava consciente e a comunicar, a caminho do hospital. Algo que não impediu a Fórmula E de continuar sem referências a transmissão do pódio, uma decisão questionável.

Questionável por motivos diferentes foi aquilo que Pascal Wehrlein estava a pensar quando teve o seu acidente com Jake Dennis, que acabou com a corrida de Dennis e deu a Wehrlein um drive-through. Foi um mau dia para a BMW, porque o colega de Dennis, Maximilian Günther, calculou mal uma travagem no final da prova e colheu um inocente NIO pelo caminho. Os alemães são a única equipa a 0 pontos no campeonato.

A prova acabou vencida por Sam Bird, que mantém o seu impressionante recorde de ter vencido pelo menos uma corrida em cada temporada de Fómula E. O britânico venceu pela Jaguar pela primeira vez, depois de uma luta que durou a corrida inteira contra o ex-colega de equipa Robin Frijns, que tinha feito pole position e conduzido de maneira brilhante, em que foram várias as vezes que trocaram de posição. O colega estreante, Nick Cassidy soube ganhar posições para terminar num ótimo 5º lugar.

Atrás deles chegaram os dois Techeetah que, depois de se terem qualificado na metade inferior do Top 10, começaram a engolir os carros mais lentos à sua frente e chegaram-se aos dois líderes. Apenas o fim antecipado por bandeira vermelha da prova (devido a Lynn) os impediu de ameaçar mais Bird e Frijns. Isso e uma sequência de curvas em que se tocaram algumas vezes que poderia ter terminado mal (com a agravante de que nenhum dos dois pilotos quis aceitar culpas pelo incidente)…

Vale a pena destacar as duas equipas que terminaram 2019-20 nas duas últimas posições que, com motores novos para este ano, conseguiram qualificar-se com os 4 carros nos 5 primeiros, atrás de Frijns. A NIO e a Dragon Penske iriam sempre ter dificuldade em manter-se nesses lugares durante a prova, mas a verdade é que até aguentaram melhor do que seria de esperar. Sérgio Sette Câmara e Nico Müller deram à Dragon Penske o 6º e 7º lugares, respetivamente (com especial destaque para a inteligência de Sette Câmara nas lutas pelos lugares cimeiros); enquanto que Oliver Turvey mostrou porque tem há vários anos a confiança da NIO, com mais 4 pontos acumulados. Rowland e Rast completaram os lugares pontuáveis, ajudando a Nissan e Audi a conseguirem qualquer coisa das primeiras provas, ainda que bem longe da sua forma nas primeiras temporadas de Fórmula E.

Atualização 27/02 – 23h37: Uma série de penalizações pós-corrida, principalmente focadas no facto de vários pilotos não terem usado o segundo boost (por a corrida ter terminado demasiado cedo com a bandeira vermelha) e incumprimentos de abrandamento sob bandeira amarela. Entre os penalizados incluem-se: Vergne, Cassidy, Rast, Blomqvist e Sims.

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Resultado: 1. Bird \ 2. Frijns \ 3. da Costa \ 4. Câmara \ 5. Müller \ 6. Turvey \ 7. Rowland \ 8. di Grassi \ 9. de Vries \ 10. Wehrlein (Ver melhores momentos)

Campeonato: 1. de Vries (32) \ 2. Bird (25) \ 3. Frijns (22) \ 4. Mortara (18) \ 5. da Costa (15) —– 1. Jaguar (40) \ 2. Mercedes (36) \ 3. Virgin (22) \ 4. Dragon Penske (22) \ 5. Audi (19)

Corrida seguinte: e-Prix Roma 2021

e-Prix Diriyah seguinte: 2022

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Fontes:
Autosport \ Nyck de Vries não dá hipótese, Félix da Costa faz grande recuperação
Globo Esporte \ Fórmula E: em prova com acidente feio no fim, Sam Bird vence na Arábia; Sette Câmara é sexto
Racing Circuits \ Ad Diriyah
The Race \ Vergne loses podium amid eight post-race Formula E penalties





Resumo – Início de temporada atrasado?

7 01 2021

Com o cada vez mais provável adiamento do Grande Prémio da Austrália, e consequente início de temporada uma semana mais tarde no Bahrain, também a ronda de Shanghai na China parece cada vez mais improvável de ocorrer, numa altura em que os números de novos infetados com Covid-19 estão a aumentar exponencialmente.

A F1, que ainda não confirmou inclusive a quarta ronda do campeonato, tem já planos de contingência para o calendário.

A ideia, com a saída da Austrália e China, seria colocar Imola e Portimão (que foram corridas de substituição em 2020) como segunda e terceira rondas do campeonato a 18 Abril e 2 Maio, respetivamente. A ronda australiana seria colocada em Novembro, no final do campeonato, com a mexida de algumas corridas dessa fase do calendário para acomodar a prova de Melbourne.

Fonte: Race Fans

Treinos de 6ª feira perdem 30 minutos cada

Depois das experiências que a F1 fez em 2020 com a supressão dos treinos de 6ª feira no fim-de-semana do Grande Prémio da Emilia-Romagna, como parte do esforço da categoria para reduzir o tamanho dos eventos, foi anunciado que para 2021 as duas sessões de treinos livres de 6ª feira terão menos 30 minutos, passando assim de 1h30 para 1h.

Fonte: Grande Prêmio

Hamilton recebe título de “Sir”

Depois de já ter sido mencionado como rumor em anos anteriores, alguns dias antes do novo ano chegou a confirmação de que Lewis Hamilton iria receber o título de cavaleiro do trono inglês, uma das maiores honras do país, após o início deste ano. Os únicos outros pilotos da história da F1 a receber a honra foram Jack Brabham, Stirling Moss e Jackie Stewart.

Fonte: The Guardian

Jack&Jones deixa aviso à Haas

Patrocinador pessoal de Kevin Magnussen, a Jack&Jones iria sempre deixar de patrocinar a Haas após o final de 2020 com a saída do dinamarquês da equipa. No entanto, a marca de roupa fez questão de expressar o seu distanciamento com o comportamento do futuro piloto da Haas, Nikita Mazepin, numa altura em que a equipa americana tem apostado em soprar para o lado e segurar o russo devido ao seu patrocínio, não obstante a gravidade do assédio filmado no seu Instagram.

Fonte: GP Blog

Albon fará programa de DTM

Depois da decisão tardia da Red Bull em substituir Alexander Albon por Sergio Pérez no segundo carro da marca austríaca, o piloto conseguiu finalmente começar a organizar os seus planos para 2021. Para além de ser o piloto de testes da equipa pela qual deixou de ser titular irá também estar na temporada de DTM em fins-de-semana que não coincidam com os da F1, ao lado de Liam Lawson (outro piloto Red Bull).

Fonte: Autosport.pt

Lando Norris com Covid-19

De férias no Dubai, Lando Norris testou positivo a Covid-19 depois de ter ficado sem paladar nem olfato. Apesar de a McLaren referir que o inglês estava de férias antes de um regime de treino, as críticas não se fizeram esperar, até pela situação preocupante da pandemia no Reino Unido, tendo sido vistas algumas das pessoas que acompanhavam Norris a não fazerem isolamento após o seu teste positivo.

Fonte: Twitter / Lando Norris

Fórmula E começa em Diriyah

Depois do cancelamento da ronda de Santiago, a Fórmula E confirmou que a ronda dupla da Arábia Saudita de 27 e 28 Fevereiro ocorrerá e que será a primeira do ano. Para já não há confirmação sobre rondas posteriores.

Fonte: Autosport

Williams com caixa de velocidades Mercedes

Depois de vários anos a recusar-se em ser uma estrutura satélite das grandes marcas envolvidas na Fórmula 1, a Williams anunciou que passará a contar com o design de caixas de velocidades da Mercedes (a sua fornecedora de motores). O acordo, sempre recusado pela anterior dona da equipa (Claire Williams), foi aceite pelos novos donos, a Dorilton.

Fonte: Formula 1

Alpine conta com Davide Brivio? [Atualização 17/01 – Confirmado]

Davide Brivio, chefe da equipa Suzuki na mundial de MotoGP, anunciou a sua rescisão com a marca japonesa depois do triunfo de 2020 no mundial de motas. Acredita-se que será brevemente anunciado como o novo chefe da estrutura da nova Alpine no mundial de Fórmula 1, acreditando-se que o atual chefe (Cyril Abiteboul) passará para outras funções na marca francesa.

Fonte: Motorsport