É notório o abatimento de Lando Norris a cada entrevista de pré-temporada que o britânico tem que fazer. Não é caso para menos. A McLaren acumulou o menor número de quilómetros da pré-temporada e apresentou-se no Bahrain com uma fiabilidade terrível, aliada a uma certa falta de velocidade.
Postas de lado as más notícias, vêm as boas: a equipa há alguns meses atrás já identificara que estava a prosseguir um caminho de desenvolvimento errado e corrigiu. Só que esta inversão demora muito tempo, razão pela qual será necessário esperar por Baku no final de Abril para ver a versão B do MCL60 e se esta produzirá os efeitos desejados.
A probabilidade de a paciência de Norris se esgotar se este pacote não tiver um efeito drástico nos resultados da McLaren. Ou talvez não, uma vez que o destino que até aqui tinha sido apontado como o mais provável em caso de saída, a Mercedes, está num imbróglio próprio.
Sem ter encurtado a distância para a Red Bull e Ferrari, e com a cliente Aston Martin a ter mesmo ultrapassado o seu ritmo, a Mercedes viu a sua obstinada insistência no seu conceito de carro provar ter severas limitações mais uma vez. A frustração dos pilotos foi óbvia após o GP do Bahrain (Lewis Hamilton voltou a questionar a insistência e George Russell já disse publicamente que espera ver a Red Bull vencer todas as provas deste ano) e a cúpula pareceu ter compreendido que uma séria reavaliação terá que ocorrer.
Se esta se confirmar, a equipa alemã poderá essencialmente dar 2023 como perdido, uma vez que teria que iniciar um processo a McLaren já começou há vários meses.
Qualquer que seja a maneira que se olhe para a questão, resta ainda muito tempo de espera para a McLaren e a Mercedes neste temporada.
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