Depois de mais uma série de dificuldades organizacionais no Canadá (que já tinham ditado o fim da anterior corrida em Montreal), Vancouver foi forçada a atrasar a sua estreia no calendário da Fórmula E para 2023. Quando o cenário mais provável parecia o encurtamento da época para 15 rondas, a FE anunciou o regresso do e-Prix de Marraquexe para o espaço aberto.
Geralmente organizado mais cedo no ano, a prova regressa assim à categoria depois de um ano de ausência. Localizado no distrito Agdal da cidade, o Circuito Internacional Moulay El Hassan (príncipe herdeiro do país) é semi-permanente com estruturas de boxes permanentes e com alterações significativas a terem sido feitas em 2016 (depois da abertura em 2009).
A pista utilizada pela Fórmula E é mais pequena (a anterior passava pela zona de hóteis e era rapidíssima até à chegada a chicanes lentas), de modo a permitir a sua utilização frequente por amadores ao longo do ano. Neste traçado a Mahindra tem sido feliz ao longo dos anos, com 2 vitórias em 2018 e 2019, assim como Sébastien Buemi e António Félix da Costa (que triunfaram lá nos anos em que foram campeões da categoria).
Uma grande expectativa antes da realização da prova era ver como pilotos e carros lideriam com o calor abrasivo, uma vez que o e-Prix costumava ser mais cedo no ano.
Ronda 10 – e-Prix de Marraquexe 2022
Com um Sol de Julho abrasador, o e-Prix de Marraquexe acabou por trazer uma ordem das equipas bastante usual quando comparada com o resto da temporada.
Isto incluiu pilotos como Edoardo Mortara e Mitch Evans a impôrem um ritmo demolidor sobre os seus colegas de equipa e rivais diretos. Num dia em que Stoffel Vandoorne enfrentou problemas em qualificação que o obrigaram a partir da última linha da grelha, Mortara e Evans precisavam de acumular uma boa quantia de pontos e foi isso que fizeram.
Para isso contaram com a resistência acirrada da Techeetah. Geralmente uns furos abaixo das rivais, a equipa chinesa pareceu ter um ritmo mais próximo em terras marroquinas, com António Félix da Costa a fazer pole position sobre Mortara. Félix da Costa e Mortara usaram os seus Attack Modes relativamente cedo na corrida, com o último a levar a melhor em termos de estratégia e passando à liderança.
A partir daí, a Techeetah parecia ter como plano simplesmente inverter as posições dos seus dois pilotos, o que fez. Só que Mortara parecia fugir aos poucos, e Félix da Costa recebeu permissão para voltar ao 2º lugar, de onde se lançou à caça do Venturi. O português ainda se aproximou até estar a menos de um segundo mas o suíço segurou a sua liderança da corrida, para assumir a liderança do campeonato. Infelizmente para Vergne, a ausência do “escudo” do colega de equipa foi sentida: perdeu o último lugar do pódio para Evans.
O outro Venturi de Lucas di Grassi ultrapassou Nyck de Vries na última volta para ser o melhor dos restantes no 5º lugar, enquanto que Jake Dennis voltou a assumir a liderança da Andretti para somar mais alguns pontos para a equipa americana. Já o anterior líder do campeonato, Vandoorne, passou carro após carro para pontuar 4 preciosos pontos em 8º, seguido de Sam Bird (que voltou a estar a milhas do outro Jaguar) e Oliver Rowland (com um ponto valioso na luta da Mahindra contra a Nissan).
—–
Qualificação: 1. Félix da Costa \ 2. Mortara \ 3. Vergne \ 4. Wehrlein \ 5. Dennis (Ver melhores momentos)
Resultado: 1. Mortara \ 2. Félix da Costa \ 3. Evans \ 4. Vergne \ 5. di Grassi \ 6. de Vries \ 7. Dennis \ 8. Vandoorne \ 9. Bird \ 10. Rowland (Ver melhores momentos)
Campeonato: 1. Mortara (139) \ 2. Vergne (128) \ 3. Vandoorne (125) \ 4. Evans (124) \ 5. Frijns (81) —– 1. Venturi (205) \ 2. DS Techeetah (203) \ 3. Mercedes (198) \ 4. Jaguar (156) \ 5. Porsche (114)
—–
Corrida anterior: e-Prix Jakarta 2022
Corrida seguinte: e-Prix Nova Iorque 2022
Deixe uma Resposta